sábado, março 19, 2011

Brasil, Colônia ...



Dê me um pepita de ouro que lhe dou um espelho...

Em um momento em que o Brasil amarga um deficit de US$ 8 bilhões em sua balança comercial com os Estados Unidos, o presidente Barack Obama chega a Brasília neste sábado disposto a promover novos negócios e a fomentar ainda mais as exportações americanas.

Obama viaja acompanhado de vários ministros da área e de uma comitiva de empresários em busca de oportunidades de comércio e investimento, especialmente nas áreas de energia, turbinada pelas descobertas de petróleo na camada do pré-sal; de infra-estrutura, com a expectativa em torno da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016; e de alta tecnologia.

O governo americano, que em casa luta para acelerar o ritmo da recuperação econômica pós-crise e baixar a taxa de desemprego, atualmente em 9%, já avisou que pretende ampliar o comércio com a América Latina e, em especial, o Brasil. Os EUA procura no Brasil soluções para ajudar a recuperar a ainda enfraquecida economia dos Estados Unidos, além de garantir saídas para o problema energético.

"Essa viagem é fundamentalmente sobre a recuperação dos Estados Unidos, as exportações dos Estados Unidos, e a relação crucial que a América Latina tem em nosso futuro econômico e na criação de empregos aqui", disse nesta terça-feira o vice-conselheiro de segurança nacional para assuntos de economia internacional do governo americano, Mike Froman.

Em troca, a presidente Dilma Rousseff adiantou que vai propor aos Estados Unidos uma “parceria estratégica” na área de satélites. Especialmente para avaliação do clima”. Em educação, “queremos parceria do governo americano em garantia de vagas nas melhores escolas” dos Estados Unidos, disse a presidente.

Na área da defesa, parceria para combater o tráfico e o terrorismo nas fronteiras e portos pode ser fechada.
Os dois governos têm interesse na diminuição da burocracia nas relações bilaterais de turistas. As exigências para brasileiros conseguirem vistos de entrada nos EUA são exageradas.

Quem não deve não teme

Apesar de não partilhar a fama belicista de George W. Bush, Barack Obama conta na visita do fim de semana ao Brasil com a mesma mobilização de guerra utilizada por seu antecessor.

Obama viajará em uma esquadrilha formada por até oito caças F-15, três aeronaves de carga, uma para reabastecimento e dois aviões presidenciais idênticos, para confundir possíveis agressores.

O Ministério das Relações Exteriores e o governo dos EUA fizeram um acordo para que todos os procedimentos relacionados à segurança de Obama fossem mantidos em segredo, inclusive os trajetos, tanto em Brasília quanto no Rio. Todos os órgãos envolvidos nas operações, como a PF, as secretarias de Segurança Pública do DF e do RJ e as Forças Armadas, entre outros, ficarão subordinados ao Exército, que trabalhará em conjunto com os americanos. Nem mesmo o efetivo usado em toda a operação é revelado.

“O Exército Brasileiro terá a responsabilidade de coordenar as ações de segurança relacionadas à visita oficial do presidente dos Estados Unidos ao Brasil, que ocorrerá em Brasília e no Rio de Janeiro, indicando os coordenadores de segurança de área, que realizarão contatos necessários com as demais Forças Armadas, os Ministérios das Relações Exteriores e da Justiça, os governos do Distrito Federal e do Rio de Janeiro e outras ligações julgadas pertinentes”, limitou-se a explicar o Comando do Exército, por meio de nota de seu Centro de Comunicação Social (Cecomsex).




Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, Barack Obama terá, além de todo o seu aparato de segurança, a escolta de quatro blindados e 800 homens comandados pelo Exército Brasileiro. Aproximadamente 4.000 homens, entre seguranças pessoais, agentes do serviço secreto americano, militares brasileiros, policiais militares, civis e federais garantirão a integridade de Obama.

As estimativas são de que o tour do circo americano custe algo em torno de R$ 120 milhões (US$ 70 milhões) diários. Mas pode sair mais caro.

Para se ter um exemplo dos gastos, estarão seis aviões, dedicados exclusivamente às necessidades do presidente. Dois deles são os famosos Air Force One (Força Aérea Um), o Jumbo 747 presidencial, e o Air Force One-Decoy (Força Aérea Um-Isca), que é exatamente igual ao original, mas serve para despistar possíveis agressores. Na esquadrilha, ainda estarão seis aeronaves C-5B ou C-17, cargueiros levando blindados, armamentos, computadores etc.

Um desses C-17 servirá apenas para levar combustível que abastecerá os blindados e outros veículos- inclusive o Air Force One e o “Isca”. O motivo disso é a preocupação em não ter de usar produtos do país anfitrião. Tenta-se evitar o abastecimento com gasolina ou querosene “batizados”.

Por lei, agentes policiais de outro país não podem portar armas de fogo em território brasileiro, a não ser com permissão especial. Os agentes do Serviço Secreto estarão armados, principalmente, mas não exclusivamente, com a pistola Sig Sauer P 229, calibre .40.

Quem comanda todo o espetáculo da segurança é o Serviço Secreto dos EUA.

Com a chegada ao país do presidente americano Barack Obama, os brasileiros terão a oportunidade de conhecer “A Besta”. Não se trata, claro, de nenhuma referência ao dignitário, mas sim ao carro blindado que o transportará junto com a versão genérica da Casa Branca que trará ao país.

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