quinta-feira, março 29, 2012

Na Faixa / Poética Ótica espetáculo multimídia poesia performance audiovisual


Da união entre integrantes dos coletivos Barulho.Org e Poesia Maloqueirista, nasce a PoéticaÓtica, onde a relação com a grand metrópole, seu caos inerente e arquitetura, dialogam com a influência cultural da miscigenação, o urbano e o popular, texturas, sonoridades, imagens, palavras, corpo. Eletrônico e orgânico na mesma frequência, em harmonia com a intervenção e a performance.

Após a inauguração da Sede da Vila Fundão, espaço dedicado a abrigar projetos e atividades direcionados à comunidade, localizada no Capão Redondo, agora a quebrada recebe o Sarau da Vila Fundão.

Criação Coletiva de: Alessandra Vilhena, Aline Binns, Arthur Boniconte, Berimba de Jesus, Caco Pontes, Flávio Gondim de Castro, Gabriel Santos, Geórgia Martins e Piero Pucci Falgetano.

Serviço;

Sarau Vila Fundão
Rua Glenn, s.n. / Trav. da Av Sabin
Capão Redondo, Zona Sul - SP
* Próximo ao Metrô

29/03 - A partir das 20h
Entrada franca e livre
Duração: 40 Minutos

*Projeto contemplado pelo Edital Primeiras Obras, do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso.

mais em;
http://www.sarauvilafundao.blogspot.com/

sábado, março 24, 2012

Um dos crimes que compensa no Brasil ..



O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia (acusação formal) contra 14 executivos dos consórcios responsáveis pela ampliação da linha 5-lilás do metrô. A acusação é de que eles formaram cartel para fraudar a licitação da obra.

As suspeitas foram reveladas por reportagem da Folha em 2010, que mostrou que os vencedores da licitação já eram conhecidos seis meses antes da disputa.

A denúncia contra os executivos foi por crimes contra a ordem econômica e a administração pública. O documento foi encaminhado à 12ª Vara Criminal na quarta-feira (21), mas a Justiça ainda não decidiu se vai instaurar processo.

A acusação da Promotoria é de que representantes das maiores empreiteiras do país combinaram os preços que apresentariam ao Metrô para ganhar os lotes da megaobra de R$ 4 bilhões. Cada consórcio escolheu um lote e os outros apresentaram valores maiores para perder a disputa.

Foram denunciados Anuaar Benedito Caram, Flavio Augusto Ometto Frias, Jorge Arnaldo Curi Yazbec Júnior e Eduardo Maghidman, do consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa; Severino Junqueira Reis de Andrade, da Mendes Junior; Adelmo Ernesto Di Gregório, Dante Prati Favero, Mario Pereira e Ricardo Bellon Júnior, do consórcio Heleno & Fonseca/Tiisa; Roberto Scofield Lauar e Domingos Malzoni, do consórcio Carioca/Cetenco; Carlos Armando Guedes Pascoal, do consórcio Odebrecht/OAS/Queiroz Galvão; e Adhemar Rodrigues Alves e Marcelo Scott Franco de Camargo, da CR Almeida/Cosben.


No na passado, após ação da Promotoria, a Justiça chegou a determinar a paralisação das obras da linha 5 e o afastamento do presidente do Metrô, Sergio Avelleda.

Se existe um crime que compensa no Brasil, é formação de cartel para fraudar licitação. Essa é a opinião do promotor Marcelo Batlouni Mendroni, responsável pela denúncia contra 14 executivos ligados a empreiteiras que foram acusados de fraudarem a licitação bilionária para obras de ampliação da linha 5-lilás do metrô de São Paulo.

Segundo o promotor, a pena neste tipo de crime é tão "excessivamente baixa" que o fraudador pode ser condenado (se for pego) ao pagamento de apenas uma multa. Essa é a maioria das penas aplicadas para esse crime.

"O que o empresário pensa? 'Se for pego em uma [fraude], eu tenho que pagar uma multa. Vou pagar essa multa com o dinheiro que já roubei'", disse.

"Isso faz com que pelo menos o crime de cartel compense", afirmou.

O promotor disse ainda que isso é um estímulo para a multiplicação desse tipo de crime. "Essa forma de agir, de cartéis e fraudes em licitações, infelizmente é a regra neste país. A exceção é que não existam fraudes nas licitações."

Mendroni defende uma mudança na lei para que as penas sejam aumentadas, como ocorre em grande parte do mundo. Para ele, esse dinheiro público desviado ajudaria a evitar que muita gente acabe no crime por não ter tido oportunidades.

"Gente desse tipo não precisa de ressocialização, porque já estão integrados à sociedade. Eles precisam é de punição. Quem precisa de ressocialização são os pobres que cometem os crimes de bagatela pelas ruas do país", disse.

Mais roubalheira com o advindo esportivo 2014 e 2016

Às vésperas de o poder público intensificar a liberação de um total estimado em R$ 24 bilhões para obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014, um relatório da Polícia Federal conseguiu demonstrar, finalmente, como empreiteiras conseguem se locupletar com montantes consideráveis de dinheiro oficial, que poderiam ser canalizados para áreas carentes de verbas oficiais. O aspecto mais grave e mais preocupante é que o esquema de enriquecimento é montado de forma a parecer legal perante os órgãos de fiscalização, dificultando tanto a comprovação das fraudes quanto uma eventual punição dos responsáveis.


Fonte;

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1066708-esse-crime-compensa-diz-promotor-sobre-fraude-em-licitacao-do-metro.shtml

quinta-feira, março 22, 2012

Na Faixa / cinema na laje apresenta:

CINEMA NA LAJE ESTÁ DE VOLTA NESTA SEGUNDA-FEIRA

"ANGELI 24HS"
Um documentário de Beth Formaggini


Sinopse:
Documentário sobre o cartunista Angeli e as transformações em sua obra. O filme é centrado na sua obsessão pelo trabalho e na crise entre ser um artista da cultura pop, produzindo diariamente novas charges e tirinhas para várias mídias, e ao mesmo tempo exigir de si mesmo radicalidade e capacidade de se renovar, sempre botando o dedo na ferida.

Arnaldo Angeli Filho, mais conhecido com Angeli, começou a trabalhar aos catorze anos na revista Senhor, além de colaborar em fanzines. Em 1973 foi contratado pelo jornal Folha de São Paulo, onde continua até hoje. Desde os anos 80, Angeli vêm desenvolvendo uma galeria de personagens famosos por seu humor anárquico e urbano. Ele próprio também se tornou um personagem, estrelando de início as tiras "Angeli em crise". Outra versão caricata sua é o personagem Angel Villa de Los Três Amigos.

Lançou pela Circo Editorial em 1983 a revista "Chiclete com Banana", um sucesso editorial (de uma tiragem inicial de 20,000 exemplares chegou a atingir 110,000, altamente influente e que contava com a colaboração de nomes como Luiz Gê, Glauco, Roberto Paiva, Glauco Mattoso e Laerte Coutinho. A Chiclete com Banana é considerada até hoje como uma das mais importantes publicações de quadrinhos adultos já editadas no Brasil.

Angeli já teve suas tiras publicadas na Alemanha, França, Itália, Espanha e Argentina, mas foi no mercado de Portugal que obteve mais destaque, tendo uma compilação de seu trabalho lançada pela editora Devir em 2000, ano em que também viu a estréia de uma série de animação com seus personagens numa co-produção da TV Cultura com a produtora portuguesa Animanostra.

Trabalhou na Rede Globo, como redator do programa infantil TV Colosso (1993-1996). Na mesma rede, entre 1995 a 2005, fez desenhos de 5 segundos, quando dava intervalos dos filmes da emissora.

Do início de sua carreira até hoje, muitos anos se passaram, mas sua arte está cada vez mais atual.


Serviço;

Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade.

Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovens da região, e levar cidadania através da sétima arte.

As exibições ficam por conta da Paco´s Vídeo.

O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto..

A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera.

CINEMA NA LAJE

*Na abertura do Cinema na laje teremos o Lançamento do vídeo-poema "DEUSAS DO COTIDIANO" de Marina Vergueiro e Marianne Schaeffer baseado na poesia de
Sergio Vaz

Após o filme bate-papo com a diretora

Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Jd. Guarujá
Periferia - SP
Inf. 93428687

segunda-feira, março 19, 2012

ECAD, formação de quadrilha e apropriação indébita.


Direito autoral, direitos autorais ou direitos de autor são as denominações utilizadas em referência ao rol de direitos aos autores de suas obras intelectuais que pode ser literárias, artísticas ou científicas.

No fim de abril, a CPI do Senado que investiga a atuação do Escritório Central de Direitos Autorais (Ecad) concluirá seus trabalhos, com acusações pesadas contra o órgão privado responsável por arrecadar recursos que deveriam ser repassados aos artistas.

Além disso, os senadores vão sugerir a criação de um ente público com autonomia para fiscalizar e punir o Ecad, que atualmente dispõe de ampla soberania para agir. Entre os fatos encontrados pela CPI estão excessos cometidos por fiscais – que chegaram a interromper casamentos para cobrar as taxas –, a não distribuição de cerca de R$ 90 milhões aos compositores em 2010 e o pagamento de pró-labores milionários para seus diretores.

Livre para decidir preços cobrados para cada execução e os percentuais repassados aos compositores, a diretoria do Ecad passou os últimos anos nadando num mar de impunidade e independência, diz a CPI. “Foi uma brecha aberta pelo País e que propiciou a formação dessa caixa-preta que é o Escritório Central. O ECAD é um órgão fiscalizador, que não conta com nenhum órgão que o fiscalize”.


O preço da liberdade do Ecad foi pago pelos artistas, como ficou demonstrado no processo movido no Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), no qual o órgão já foi condenado em primeira instância.

As associações que compõem o órgão de arrecadação estariam combinando os preços cobrados para a execução das obras musicais e de fonogramas, o que configura formação de cartel. Além disso, pesa contra o Ecad a acusação de descumprimento da lei segundo a qual o órgão não teria finalidade de obtenção de lucro. Contrariando a lei, em 2010, o Ecad arrecadou R$ 430 milhões e distribuiu apenas R$ 340 milhões.

A entidade foi condenada também pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar um casal por cobrar deles 1.875 reais pela execução de músicas em sua festa de casamento.

Os documentos da CPI mostram também, que a diretoria do Ecad utiliza créditos retidos arrecadados de autores desconhecidos. Em tese, o dinheiro deveria ficar numa conta separada à espera da manifestação dos respectivos artistas. As conclusões dos trabalhos da CPI certamente vão exigir mudanças profundas no atual modelo de arrecadação de direitos autorais. O fim da CPI do Senado marcará o início de uma ofensiva a um órgão privado que abusa de suas prerrogativas e faz o que bem entende com o dinheiro que deveria chegar às mãos dos artistas do País.



Outra polêmica que envolveu o órgão, foi a cobrança de direitos autorais a blogs que publicarem conteúdos de sites de compartilhamento de vídeos como You tube e Vimeo, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) divulgou um comunicado em seu site oficial, afirmando que "nunca teve a intenção de cercear a liberdade na internet, reconhecidamente um espaço voltado à informação".

O tal fato isolado ocorreu no último dia 5 de março, quando o ECAD notificou o blog Caligraffiti a pagar uma taxa de R$ 352,59 mensais por retransmitir vídeos do YouTube e Vimeo. A notícia repercutiu negativamente nas redes sociais e gerou uma grande polêmica, principalmente quando o Google afirmou estranhar o fato, afinal já paga ao ECAD pelos conteúdos postados no You Tube .

Como dia Falcão (O Rappa), patifaria todos os dias..


Fonte;

http://camaraempauta.com.br/portal/pesquisa/lista/?termo=ecad

Do Brasil, para o mundo.


Os Gêmeos.

Destas duas mentes transbordam todas as cores e sabores da imaginação. Lá tudo é possível e qualquer sonho se torna realidade. A inspiração para tantos desenhos e fábulas mágicas vem da forma com que a dupla Gustavo e Otávio Pandolfo, conhecidos como OSGEMEOS,refletem em seu interior a realidade e a fantasia que lhes rodeiam. Cada pequeno detalhe, porque são através deles que suas obras assumem esta forma já tão reconhecível, são componentes importantes na criação do mundo fantástico, cheio de histórias cotidianas em forma de poesia. O mundo encantado em que vivem todos os seus personagens e que funciona como a janela da alma única dos irmãos gêmeos é repleto de uma mistura harmoniosa entre realismo e ficção. Suas histórias dançam entre dois importantes pilares. O olhar sonhador que possibilita a materialização de um mundo cheio de fantasias e suas críticas incisivas sobre as dificuldades enfrentadas por tantos cidadãos espalhados pelo mundo,vitimas de um modelo socioeconômico que se encontra em grande transformação. Dessa união nascem obras que invocam um universo lírico e criações que mesclam ambas projeções, como se os próprios personagens mágicos criticassem com olhos inocentes toda a discrepância que existe nesta sociedade.

Foi quando ainda viviam no mundo da fantasia ingênua e infantil, que tudo começou. Desde pequenos a maneira de brincar e construir os cenários onde seus personagens habitavam era minuciosa. Desmontado as peças originais de presentes que ganhavam, os irmãos refaziam com toda a delicadeza um outro universo. Com três anos de idade os lápis de cor e a imaginação já estavam presentes nos jogos e em todos os papeis espalhados pela casa. Desenhavam na mesma folha de papel e quando não, escolhiam os mesmo temas para ilustrar. O incentivo para mergulhar no mundo criativo que existia dentro deles sempre esteve presente na família, composta de outros artistas, como o irmão mais velho Arnaldo e a mãe Margarida. Também foram o pai e os avós que trouxeram a tona uma forma de apresentar ao mundo real toda a ânsia criativa que lhes transbordava.


O graffiti entrou na vida dos irmãos em 1986, quando ainda viviam na região central de São Paulo onde passaram sua infância e adolescência. A cultura hip hop chegava ao Brasil e os jovens do bairro começaram a colorir suas idéias nos muros da cidade. Naquela época, com apenas 12 anos, tudo era novidade e sem ter de onde tirar suas referencias, Gustavo e Otavio improvisavam e inventavam sua própria linguagem, pintando com tintas de carro, látex, spray e usando bicos de desodorante e perfume para moldar seus traços; já que ainda não existiam acessórios e produtos próprios para a prática. O que a cidade proporcionou a eles foi essencial para o desenvolvimento de todas as habilidades que se transformaram depois no estilo próprio e imediatamente reconhecível dos artistas. Uma infância criativa, que rendeu duas vidas ao mundo da arte contemporânea.
O graffiti atuou sempre como uma válvula de scape para a dupla. Uma maneira que encontraram de criar um mundo onde só se pode penetrar através de suas mentes e onde tudo funciona pela lógica própria de Tritrez, o universo habitado pelos personagens amarelos, onde brilha e reina a sintonia entre todos os seus elementos. Cada parte e cada detalhe esta mergulhada na magia que envolve a imaginação dos irmãos.
Novos ventos começaram a sobrar em 1993 com a visita ao Brasil do artista plástico e grafiteiro Barry Mgee (Twist), de São Francisco. Mgee que chegou em São Paulo para realizar uma exposição de arte contemporânea mostrou aos irmãos a possibilidade de viver fazendo o que se gosta. Nesta época por diversão Gustavo e Otavio, que acabavam de completar 19 anos, já haviam começado a desenvolver um estilo próprio e a fazer trabalhos publicitários e decoração em lojas e escritórios com seus graffitis. Começavam desta forma a viver única e exclusivamente deste maravilhoso dom que ocupava quase 100% de seus seres.

A pintura feita nas ruas e as criações feitas para obras e instalações em galerias partem do mesmo mundo onírico que existe dentro da mente da dupla, mas tomam rumos distintos. A primeira é o próprio dialogo dos artistas com as ruas, com cada pessoa que passa e de forma direta ou indireta interage com a pintura, isso é o graffiti. A segunda é a materialização de sonhos, ideais, criticas sociais e políticas que retratam o universo vivido dentro em contraste com que se apresenta fora no dia-a-dia dos próprios irmãos. No momento em que todas estas idéias entram dentro de uma galeria elas deixam de pertencer ao graffiti e passam a fazer parte do mundo que envolve a arte contemporânea.

A imaginação são as asas que osgemeos utilizam para ir aos mais divertidos e ilusórios lugares que habitam suas mentes. É a porta aberta e o convite para mergulhar no humor e nas delicias de poder criar um mundo da nossa própria maneira e com todas as cores e fantasias que se possa imaginar.

http://osgemeos.com.br/