sexta-feira, abril 09, 2010

Transporte público na M' Boi Mirim


O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, esteve nesta quinta-feira (8/4/10) na Subprefeitura do M’Boi Mirim, onde ouviu de lideranças comunitárias e moradores muitas críticas ao projeto da Prefeitura de São Paulo, de construir um sistema de monotrilho ligando o Jardim Ângela ao centro de Santo Amaro. O sentimento predominante entre os participantes da reunião e revelado na maioria das falas é o de que o projeto, que custará mais de R$ 800 milhões aos cofres públicos, não irá resolver os problemas de transporte coletivo e de trânsito da região.

“Antes, a promessa da Prefeitura era de construir o Metrô até o Jardim Ângela. Por que mudou o projeto [para monotrilho] sem consultar o povo?”, questionou Manoel Ramos Carvalho, da Associação Amigos do Jardim São Francisco, um dos diversos participantes que defenderam o metrô em lugar do sistema que a secretaria pretende implantar na região.

Outros participantes também reclamaram da falta de diálogo da Prefeitura com a sociedade antes de decidir-se pelo sistema de monotrilho. “Ficamos sabendo do projeto pelos jornais”, criticou Nilda Neves, integrante da Frente das Entidades Comunitárias do M’Boi Mirim. Ela relatou que recentemente participou de outro debate na Câmara Municipal, no qual o sistema de monotrilho foi comparado ao metrô. “Para muitos técnicos o monotrilho não é a uma boa solução para a nossa região”, resumiu.



Outro morador que reivindicou o cumprimento do que consideram uma promessa anterior do poder público foi José Jailson da Silva. “Só um transporte de massa e de qualidade, como o metrô, é que conseguirá atender a população do Jardim Ângela e região”, disse ele.

Secretário diz que monotrilho será um sistema complementar à rede de transporte existente

Antes de ouvir as críticas dos participantes, Alexandre de Moraes informou as três medidas estruturais que a secretaria pretende implantar na região: a finalização da obra da Av. Caldeira Filho, a canalização e, posterior, construção de uma via sobre o Córrego da Ponte Baixa e o sistema de monotrilho.


Para explicar melhor o que será o sistema, o secretário apresentou um vídeo aos participantes. Segundo Moraes, o monotrilho terá capacidade de atender 30 mil pessoas por hora, o que em sua avaliação atenderia a demanda local. “As pessoas precisam entender que é um sistema complementar à rede existente. O corredor de ônibus vai continuar existindo”, ponderou.

O secretário mencionou que o custo do projeto seria de R$ 75 milhões por quilômetro. Já o Metrô sairia por aproximadamente R$ 250 milhões a mesma metragem. Ele adiantou que a primeira fase da obra do monotrilho, ligando o Jardim Ângela a Santo Amaro, terá 11 quilômetros e deverá estar concluída em 2014.



31/03/2009
Contrato de duplicação da M'Boi Mirim foi rescindido
Obra fundamental para diminuir os acidentes em uma das vias mais fatais da cidade, a duplicação da estrada do M'Boi Mirim (zona sul) foi cancelada. Segundo levantamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), uma pessoa é atropelada a cada cinco dias nesse corredor de tráfego.

A duplicação está no plano de metas de Gilberto Kassab (DEM) que foi entregue à Câmara Municipal.

A Siurb (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras) rompeu o contrato na semana passada -por atraso, desrespeito à execução e paralisação das obras, entre outros.

Meses irão se passar até que todas as pendências judiciais sejam resolvidas e outra licitação, aberta.

A empresa Araguaia Construtora Brasileira de Rodovias S.A., responsável pelo contrato, irá recorrer. Se perder, terá de pagar multa de R$ 22.198,50 e não poderá participar de licitações ou fazer novos contratos com a gestão por dois anos.

A empresa é a mesma que teve cancelado o contrato de canalização do córrego Ipiranga (zona sul de SP). A Araguaia tem, atualmente, seis obras com a prefeitura.

O hospital arca com as consequências do problema, já que as cirurgias ortopédicas são as que mais são feitas no local -principalmente as decorrentes de politraumas, comuns em acidentes. Em frente ao hospital, o esqueleto da obra virou estacionamento improvisado.

Parece que tapar o sol com a peneira é a melhor solução para os problemas que existem nas periferias da cidade na visão dos admisnistradores públicos.

Será que o orçamento municipal não parte também dos bolsos dos cidadãos da periferia ??



Fontes
http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u543180.shtml
http://www.usp.br/fau/depprojeto/labhab/biblioteca/produtos/planregional_subpref_mboimirim.pdf

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