quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Falta de chuvas ou falta de escrúpulos ?

 A coleta e o tratamento de esgotos no Município de São Paulo são responsabilidade da SABESP, que cobra das contas de água residenciais ou comerciais, o mesmo valor da água tratada que adentrou, alegando tratar a mesma água que saiu com esse recurso excedente .



O maior problema em relação aos esgotos encontra-se no sistema de tratamento pois a sua falta causa a poluição dos recursos hídricos e repercute na fragilidade do sistema de abastecimento de água. As obras destinadas ao tratamento dos esgotos da Região Metropolitana de São Paulo estão sendo desenvolvidas dentro do “Projeto Tietê” que prevê a construção e operação de cinco Estações de Tratamento de Esgotos - ETE. Atualmente, os esgotos coletados no Município de São Paulo são enviados a quatro ETEs.

 Em 1992, um abaixo assinado, pede a despoluição deste rio, de onde então surge o projeto Tietê que até o momento construiu 3 novas estações de tratamento de esgoto (São Miguel, Parque Novo Mundo, ABC) e obras de ampliação da ETE Barueri, aumentado a capacidade de tratamento de esgotos, mas ainda insuficientes para solução do problema.   Lembrando que antes disso o município de São Paulo não contava com nenhum sistema de tatamento de esgoto (ETE), somente coletores que acabam por lançar ainda hojen esgoto in natura nos principais rios da cidade, Tamanduateí, Tietê e Pinheiros, além das represas Guarapiranga e Billings .

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira, 5, a construção de duas estações de produção de água de reúso que vão abastecer diretamente as bacias dos sistemas Guarapiranga e Alto Cotia. Serão as duas primeiras instalações no Estado para captar o esgoto e transformá-lo em água de reúso, que servirá mais tarde para consumo.

A primeira etapa do projeto Tietê ocorreu de 1995 a 1998, com investimento de R$ 2,16 bilhões; a segunda foi de 2000 a 2008, com R$ R$ 982 milhões. A terceira etapa vai de 2011 a 2015, com R$ 3,9 bilhões.  A quarta etapa do Projeto Tietê  que demandará investimentos de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão já está garantido.

A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, afirmou que a concessionária tem a meta de despoluir o Rio Tietê até 2025, por meio das obras de coleta e tratamento de esgoto desenvolvidas pelo Projeto Tietê.

Andrea Matarazzo juntamente com Dilma Pena (Sabesp) encaram a CPI da Sabesp como se tudo fosse um grande teatro.

Câmara municipal de São Paulo aprova projeto que prêvê multa para quem consumir água em demasia. Criado pelos parlamentares da CPI da Sabesp, porém, o projeto deve ir à segunda votação com alterações propostas pela base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT).  Iniciada no ano passado, a CPI da Sabesp não foi concluída. Em 2014, os vereadores da comissão ouviram a presidente da Sabesp, Dilma Pena.  Após ser ouvida, ela chamou a CPI de "teatrinho". Na manhã desta quarta 04/02/2015, a sessão da CPI foi derrubada por falta de quórum. 


A Constituição Federal de 1988 em seu Capítulo do Meio Ambiente estabeleceu que: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida...” (art. 225). No ambiente urbano a efetivação desse direito constitucional envolve, no mínimo, a garantia de condições de saneamento ambiental para toda a população, abrangendo serviços básicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta e tratamento de resíduos sólidos e drenagem urbana.

Uma adminstração pública que não trata seu esgoto, como pode querer punir seus usuários, a responsabilidade que a mesma não cumpre.


Fontes;
http://atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/pagina.php?id=26
http://www.sabesp.com.br/Sabesp/filesmng.nsf/B2FB8DE17FC1600183257650007F0088/$File/Projeto_Tiete_3%AAEtapa_coletiva_15out09b_compactada.pdf

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