terça-feira, dezembro 10, 2013

Todo mundo querendo sair na foto.


A morte de Mandela leva junto mais um ícone da modernidade. O líder sul-africano representa a modernidade em muitos pontos: luta contra o racismo; luta armada contra a opressão do Estado; dedicação da vida pessoal a uma causa coletiva; supressão do individual diante do altruísmo. Nos tempos chamados pós-modernos tudo isso anda em baixa, se é que se encontra em algum lugar.

É preciso lembrar que o regime de segregação na África do Sul fora instituído sob a bravata iluminista de que deveria levar civilização e racionalidade aos negros indóceis. Indóceis por não aceitarem a escravidão.

Que não se enganem os mais ingênuos, vestidos de otimistas, porque o racismo é um rasgo na cultura “moderna” em todo o mundo. A extrema direita racista, intolerante, cínica, revive dias de euforia na Europa. No Brasil, o racismo nunca foi tão denunciado, assim como todas as formas de intolerância e desassistência humana.

Com Mandela, vimos que não há luta pela liberdade e tolerância apenas com palavras, é preciso ação política, investimento das energias sociais para debelar todas as formas de corrupção da cultura da inclusão. Mandela acenou para a luta política e, portanto, perdemos uma parte da teleologia – o que também significa menos esperança.


Mais de 70 chefes de Estado e governo são esperados na África do Sul esta semana para comparecer aos eventos do funeral do ex-presidente Nelson Mandela, e a maioria deve participar de uma grande homenagem em Johanesburgo .

Lamentável que muitos líderes do mundo todo que estarão presente em seu enterro, não tenham o mínimo de dignidade para querer seguir seu exemplo.




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