domingo, novembro 04, 2012

O real valor de 1 salário mínimo no Brasil, R$ 2.616,41.

O primeiro fator é a ótima comparação feita pelo economista do DIEESE Maurício Soares, citada por Odilon, sobre o poder de compra do salário mínimo. Comparando o salário mínimo em 1959, na época do Presidente Juscelino Kubitischek, que era de CR$5.900,00 (o maior da história do país) e o atual, de R$510,00. Ele faz a comparação pelo valor do transporte público de 2010 na cidade de São Paulo.      Em 1959, a passagem de ônibus era de CR$5,00. Logo, se dividirmos o valor do salário pelo de passagens, temos que o mínimo de JK permitiria pagar 1.180 passagens de ônibus. Hoje, para comprar 1.180 passagens de ônibus a R$2,70, o salário deveria ser de R$3.186,00. Este primeiro fator revela a absurda defasagem que o salário mínimo sofreu ao longo de sua história.

 O segundo fator é a comparação dos salário mínimo brasileiro com o dos demais países sul-americanos  Convertendo todos os salários em dólar, temos que o maior é o argentino, que está em US$676. O do Brasil, valendo US$310 é apenas o 8º. colocado. Esta é também uma ótima comparação, mas há ressalvas: a) qual o custo de vida em cada país? Essa é a informação fundamental para saber sobre o poder aquisitivo do salário, que é o que realmente importa; b) o Brasil, por ter o maior PIB, isto é, a maior produção de riquezas da América do Sul, feita pelos braços dos trabalhadores, deveria também ter o maior salário. Isto revela a péssima distribuição de renda. O resultado disso é o país ter a 8ª. economia mundial e ocupar apenas o 75º. lugar no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, que tem como variáveis a expectativa vida, o nível de escolaridade e o PIB. A relação destas variáveis revela o vergonhoso índice brasileiro.


Juscelino Kubitschek empolgou o país com seu slogan "Cinquenta anos em cinco", conseguiu encetar um processo de rápida industrialização.   Os anos de seu governo são lembrados como "Os Anos Dourados", coincidindo com a fase de prosperidade norte-americana conhecida como "The Great American Celebration", a qual se caracterizou pela baixa inflação e pelas elevadas taxas de crescimento da economia e do padrão de vida



O salário mínimo é um ponto de discórdia entre o governo e os trabalhadores. O governo atual comemora dizendo que está proporcionando aumentos reais, que melhora o poder aquisitivo da população; os trabalhadores reclamam que o mínimo não dá nem para “o mínimo”.

A constituição Federal do Brasil, em seu artigo 7º., item IV, diz que o salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, pago ao trabalhador rural e urbano, "deve ser capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim".

Pois bem, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE – divulga mensalmente o salário mínimo necessário. Isto é, uma planilha mensal com o salário mínimo vigente e o quanto deveria ser para que cumprisse sua função constitucional. Este valor é baseado no índice de custo de vida, feito também pelo DIEESE.

No mês de abril de 2010, a defasagem salarial foi de R$1.747,52, pois segundo os cálculos do DIEESE, o valor necessário para cobrir as despesas constitucionais citadas acima seria de R$2.257,52 (salário necessário em abril de 2010).
Encontro histórico do Presidente Bossa Nova com o Clube da Esquina. Em 1971, em sua cidade natal, Diamantina, Juscelino Kubitschek sentou ao lado de Lô Borges, Fernando Brant, Márcio Borges e Milton Nascimento. 



Fontes; 
http://www.dieese.org.br/rel/rac/salminMenu09-05.xml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Juscelino_Kubitschek

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