sábado, julho 24, 2010

Cultura de São Paulo em "xeque-mate"



“Têm muito bar vagabundo, essas saunas, esses cinemas pornô que são prostíbulos. Temos que fechar tudo isso.”
(Declaração de Andrea Matarazzo para Folha de S. Paulo, 12/05/2007.)

Andrea Matarazzo, bom Andrea Matarazzo é um sujeito requintado, para ele “bar vagabundo” ter que ser fechado, para ele cerveja gelada, mesa de lata e copinho de pinga 51 não pode; vinho climatizado, cachaça mineira, mesinha de madeira e azulejinho português pode. Até aí, uma visão elitista e higienista de mundo como aquelas que choveram nos comentários do youtube, CMI e blogs sobre o caso da confusão causada pela PM durante show dos Racionais na Virada Cultural. Coisa preocupante.

Durante sua presidência da CESP, essa empresa foi responsável pelo maior desastre ecológico da história do Brasil, segundo a OAB e ambientalistas: o enchimento do reservatório da Usina hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera), em que animais em extinção de dezenas de espécies foram afogados por falta de salvamento, milhares de famílias desalojadas e um dos mais ricos ecossistemas do Brasil e do mundo foi destruído. A Usina de Porto Primavera também é considerada a terceira mais ineficiente usina hidrelétrica do mundo e um exemplo de corrupção da ditadura militar.

Como sec. de subprefeituras, foi responsável por vários "remanejamento de verbas, de uma subprefeitura para outra" . Como ocorreu na suprefeitura de M' Boi Mirim em 2006, que afetou diretamente os projetos socioculturais que estavam sendo implantado na época, em parceria de várias ongs da região, que acabaram tendo que arcar com os prejuízos devido ao cancelamento do contrato.



Durante seu exercício como secretário municipal do município de São Paulo, Matarazzo foi duramente criticado por diversos movimentos sociais ligados aos partidos de esquerda. Os movimentos ligados à chamada "população sem-teto", ao direito à moradia no centro e alguns acadêmicos em planejamento urbano em São Paulo criticam-no por ter, supostamente, interrompido programas de habitação promovidos na gestão anterior, e por adotar uma política urbanística para o centro da cidade considerada, por eles, higienista e excludente, afinada com propostas de gentrificação adotadas em outras cidades do mundo, nas quais igualmente houve expulsão da população de baixa renda das áreas centrais. Tal atuação foi chamada por pelo menos um membro de entidades que defendem os direitos humanos de fascista por tais motivos. Alguns movimentos sociais que atuam no centro da cidade também desenvolveram um dossiê reunindo denúncias de possíveis violações dos direitos humanos ocorridas no Centro por parte da gestão Serra-Kassab, comandadas por Matarazzo.



Chama-se gentrificação (um neologismo que ainda não consta nos dicionários de português) ou enobrecimento urbano, de acordo com algumas traduções, a um conjunto de processos de transformação do espaço urbano que ocorre, com ou sem intervenção governamental, nas mais variadas cidades do mundo.[1] O enobrecimento urbano, ou gentrification, diz respeito à uma intervenção em espaços urbanos (com ou sem auxílio governamental), que provocam sua melhoria e consequente valorização imobiliária, com retirada de moradores tradicionais, que geralmente pertencem a classes sociais menos favorecidas, dos espaços urbanos.



Algumas entidades de defesa dos direitos humanos ainda estenderam suas críticas a respeito da política de Matarazzo e da gestão Serra-Kassab para a política em relação ao centro da cidade e o que viram como um recrudescimento da repressão à população pobre e em especial aos vendedores ambulantes sem autorização para comerciar em vias públicas, acusando a política em questão de fascista e de ser uma "tentativa de criminalizar a pobreza".



Angelo Andrea Matarazzo é um empresário e político brasileiro.
Graduado em Administração de Empresas, é, atualmente, presidente licenciado da Matarazzo SA Holding e da Metalma SA. Ingressou na administração municipal de São Paulo como subprefeito da Sé na gestão de José Serra, em 2005. Assumiu também, em 2006, a Secretaria Municipal de Serviços, como subprefeito e secretário (de Coordenação das Subprefeituras) na gestão de Gilberto Kassab.

Matarazzo classificou as críticas de "leviandade pura", argumentando que "nada mais são que mentiras repetidas para tentar transformá-las em verdade". Atualmente exerce o cargo de secretário de cultura do estado de São Paulo deixado então pela gestão José Serra.







Segue carta aberta eviada pelos movimentos culturais de São Paulo

Aguardamos o posicionamento da Secretaria de Cultura do Estado, mas o que nos chega, através da própria diretoria da ASSAOC, a O.S. responsável pela administração das Oficinas Culturais do Estado, é que nós, das OFICINAS CULTURAIS DO ESTADO, fecharemos as portas dia 01 de agosto de 2010. Este mês de julho estaremos trabalhando sob aviso prévio.



Para que melhor vocês entendam, as 22 OFICINAS CULTURAIS - sendo 06 na capital (04 na Zona Leste, 01 extremo da Zona Oeste e 02 no centro expandido), 15 no interior do Estado com 645 municípios e os Projetos Especiais e da Terceira Idade - e que prestam serviço a 25 anos à comunidade paulista, saem de circulação de um momento para o outro conforme solicitação do Exmo Sr. João Sayad, argumentando a falta de visibilidade do projeto até então.

Abaixo números importantes para que avaliem o dano que esse abrupto encerramento de atividades irá causar, inclusive o cancelamento total de todas as programações já anteriormente acordadas para o próximo semestre:



1. Empregos diretos...............................................................280

2. Empregos terceirizados.......................................................126

3. Empregos indiretos (arte-educadores).................................2.100 ano

4. Público frequentador de atividades de formação..................66.000 ano

5. Atendimento à comunidade (Eventos diversos, como

festivais, mostras, encontros de entidades, espetáculos

exposições,festas comemorativas dos bairros e cidades,

campanhas solidárias etc.).................................................88.000 ano



TOTAL..............156 506 cidadãos sem atendimento!


AÇÃO PROPOSTA:Vamos fazer com que chegue ao governador Alberto Goldman governador@sp.gov.br e ao secretário de cultura Andréa Matarazzo (secretario@cultura.sp.gov.br) emails em repúdio a essa atitude!

PONHAM COMO ASSUNTO: - PODEM NÃO TER VISIBILIDADE, MAS TEM O APOIO DA SOCIEDADE!

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