domingo, março 14, 2010

Escola bonita, política pública de ensino ridícula.. O Haiti, não é aqui???



Façamos uma volta no tempo, no final dos anos 70. Lá, iniciou o resgate ao
direito do ensino público para todos. Atitude notável se não fosse pelo
descuido na manutenção do nível de proficiência destas mesmas escolas.

Recordo-me que durante muitos anos as escolas públicas eram tidas
como as de melhor qualidade, enquanto as poucas escolas privadas atendiam aos
que não conseguiam ingressar nos exames de admissão das escolas publicas. Com
esta política o mercantilismo educacional expandiu seus horizontes em contratar
os melhores professores das escolas públicas para seus quadros, oferecendo-lhes
salários mais vantajosos. Enquanto isto acontecia, governantes optaram em dar
atendimento precário aos milhões que ingressaram na rede públicas. A prioridade
foi dada a construção de novas unidades, desprezando investimentos na manutenção
de seus quadros de professores como também na modernização e aquisição de novas
tecnologias.



As crises econômicas enfrentadas durante as décadas de 80 e 90, mais às políticas de arrochos salariais foram definhando e desmotivando todo o quadro do funcionalismo,
obrigando a muitos o aumento da carga horária alem da jornada de trabalho junto
às escolas da iniciativa privada. Tais ingredientes acabaram resultando na
perda da qualidade do trabalho docente. Conseqüentemente, contribuíram como
fatores dos descompassos hoje existentes entre escolas públicas e particulares
em todo território brasileiro.

Foram estas escolhas, sim, a parte da responsabilidade que deve ser atribuida aos professores, como sua parcela da culpa frente à sociedade brasileira, junto a este processo de desmanche qualitativo da educação oferecida pelo Estado. Mas jamais poderão ser responsabilizados como os únicos culpados por esta perda.

Temos também que levantar alguns aspectos que deterioram as relações entre alunos e
professores outrora firmados no respeito, hoje marcada por conflitos constantes
nas salas de aula. Conflitos estes causados, parte, pelo surgimento de novas
tecnologias que competem com o ambiente e o trabalho escolar, como também das
campanhas de governistas que buscaram esconder seus erros e equívocos imputando
ao professor a culpa exclusiva pela perda da qualidade no ensino público.



Tais fatores agravados pelas dificuldades de atualização destes profissionais, no campo do conhecimento e das práticas adequadas para esta nova realidade de ensino,
geraram uma insegurança na tarefa de ensinar, e conseqüentemente no
esvaziamento dos melhores profissionais dos quadros da administração pública.

Hoje constatamos a triste realidade que é a de que professores que dominam, de forma produtiva, práticas pedagógicas, construídas através de anos da experiência em sala de aula e na abdicação na buscar por adequações para realizar o sonho do dever
cumprido, ainda se defrontam com ações que visam, exclusivamente, desacredita-los. Não basta as dificuldades burocráticas contidas nas papeladas a que são obrigados a preencher, na resistência das administrações escolares que inibem a utilização de novas tecnologias junto às práticas pedagógicas e no resgate de valores que antes cabia aos pais formata-los, hoje o professor está se tornando um profissional em extinção e pelo andar da carruagem em breve a responsabilidade de educar e ensinar só não encontrará nos esqueletos das escolares os homens e mulheres que um dia viram nesta profissão, a realização do sonho de fazer a diferença de construir uma sociedade mais justa e com menos desigualdades.



Este modelo, que na verdade é a inexistência de um, criado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo só esta a aprofundar o buraco que a escola pública já se encontra nos quase 20 anos de administração.

Como diz meu pai," sentar o traseiro e reclamar e falar que o erro é do outro" é tarefa fácil para quem na verdade nunca esteve a frente do problema ao qual critica.

Fonte
http://comentarios.folha.com.br/comentarios?comment=12610&done=http%3A%2F%2Fcomentarios.folha.com.br%3Fskin%3Dfolhaonline



Lembrando somente, alguem já foi morto pela frase;

"A mais poderosa arma nas mãos do opressor é a mente do oprimido".
Steve Biko

Insatisfeito com a União Nacional de Estudantes Sul-africanos (National Union of South African Students), da qual era membro, participou da fundação, em 1968, da Organização dos Estudantes Sul-africanos (South African Students' Organisation). Em 1972, tornou-se presidente honorário da Convenção dos Negros (Black People's Convention).

Em março de 1973, no ápice do regime de segregação racial (Apartheid), foi "banido" , o que significava que Biko estava proibido de comunicar-se com mais de uma pessoa por vez e, portanto, de realizar discursos. Também foi proibida a citação a qualquer de suas declarações anteriores, tivessem sido feitas em discursos ou mesmo em simples conversas pessoais.

Em 6 de setembro de 1977 foi preso em bloqueio rodoviário organizado pela polícia. Levado sob custódia, foi acorrentado às grades de uma janela da penitenciária durante um dia inteiro e sofreu grave traumatismo craniano. Em 11 de setembro, foi embarcado em veículo policial para transporte para outra prisão. Biko morreu durante o trajeto e a polícia alegou que a morte se devera a "prolongada greve de fome empreendida pelo prisioneiro".



http://pt.wikipedia.org/wiki/Steve_Biko

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