terça-feira, abril 29, 2008

Virada "discriminatória" cultural




O excesso de policiamento e a revista do público foram criticadas pelos rappers que se apresentaram hoje no palco do Baile Chique, um dos locais de apresentação da programação da Virada Cultural, localizado no parque D. Pedro, na região central de São Paulo.

Além da Polícia Militar (PM), o local contava ainda com seguranças particulares. No show do Rappin Hood e Sinfonieta, o rapper, entre uma canção e outra, aproveitou para criticar organização do evento. "Os caras dão geral na gente. Mas não é nada não. Rap não é arruaça, é o som que prega a verdade", disse Rappin.

No final da apresentação, ele voltou a reforçar as críticas ao policiamento e à Prefeitura de São Paulo. "Eles têm medo de negão, da revolução. Eles querem zoar a gente, mas na época da eleição vão pedir o nosso voto."

Thayde endossou as críticas ao esquema de segurança. "A localização do palco é uma forma de demonstrar o preconceito. Mas nós também temos que assumir que no ano passado a violência prejudicou a apresentação. O problema é que eles [a PM e a Prefeitura] já esperam coisa errada da gente. Espero que até o final do evento não ocorra nada de errado."

PM

O aspirante-oficial da PM Emanuel Ramon Tavares Nunes --que cuidava da segurança--, afirmou que as medidas adotadas--como a revista-- foram tomadas porque o local era fechado.

"Nós estamos em um local mais afastado. Por isso não podemos depender de efetivo menor. Como o espaço é fechado, aplicamos a revista."

Prefeito

O investimento da prefeitura na Virada Cultural deste ano foi de 6,8 milhões. 'A cultura é nossa prioridade. Com relação à segurança, a cada ano o objetivo é utilizar a experiência do ano anterior para diminuir o número de problemas durante o evento', afirmou o prefeito Gilberto Kassab.


Periferia

Talves seja por este motivo que as periferias não são contempladas com eventos. O efetivo da PM não daria conta de tantas "geral para manter a ordem", e dificilmente a prefeitura conseguiria apresentar uma fatura tão alta para os cofres públicos...
É lastimável para o povo, e inviável para o estado.

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