quinta-feira, março 26, 2015

A saga do maior bandido do Brasil.

A VOLTA DO BANDIDO DA LUZ VERMELHA é um filme de Helena Ignez, codirigido por Ícaro C. Martins e com roteiro original de Rogério Sganzerla, rodado pela 1º vez em 1968. 




João Acácio Pereira da Costa, o “Bandido da Luz Vermelha” nascido em Joinville, SC em 24 de junho de 1942, era pobre e, aos 8 anos de idade, perdeu o pai, tuberculoso. Sua mãe desapareceu pouco depois com dois filhos. Eram quatro irmãos. Ele e o mais velho foram deixados com o tio. Estudou até o 3º ano primário. Aos 17 anos, semi-analfabeto, já era conhecido nos meios policiais da cidade por ter furtado mais de trinta bicicletas. Foi preso aos 18 anos, por roubar um jipe. Fugiu da cadeia em 1963 e se instalou em São Paulo. Chegou em São Paulo ainda na adolescência, fugindo dos furtos que praticara em Santa Catarina



Sua grande inspiração era Caryl Chessman, um criminoso norte-americano que foi executado na câmara de gás de uma prisão na Califórnia por ter praticado muitos crimes sexuais. Chessman era conhecido como o temido Red Light Bandit, um estuprador que costumava usar lanterna vermelha para assustar suas vítimas. João Acácio se impressionou com a história, assumindo a mesma identidade que Caryl  e usando também uma lanterna vermelha em seus assaltos.  Ele também era fascinado pelo filme  El Dorado – um western, e imitava os bandoleiros do filme, usando ternos escuros durante os assaltos, chapéus de feltro, um lenço vermelho cobrindo o rosto e dois revólveres.



O Filme luz nas trevas, regravação do Bandido da Luz Vermelha. 



“Os primeiros ataques do Bandido da Luz Vermelha eram caracterizados pela ausência de violência física. Ele entrava nas casas de famílias ricas, rendia as vítimas e roubava principalmente jóias. Pequenos gestos desconcertantes – como deixar bilhetes recomendando que as vítimas estivessem vestidas na próxima vez em que ele as assaltasse – sugeriam uma personalidade excêntrica, sem medo de ser pego. Isso bastou para deixar a população paulistana em pânico. Na época, São Paulo tinha no máximo quatro milhões de habitantes e o índice de latrocínio era de quarenta por ano. Das páginas policiais, o Bandido da Luz Vermelha saltou para as manchetes dos jornais.”
Não demorou para demonstrar mais violência. Até ser preso, ele cometeu 77 assaltos, dois homicídios, dois latrocínios e sete tentativas de morte. Calcula-se que tenha estuprado mais de 100 mulheres. As vítimas nunca deram queixa. Foi condenado a 351 anos de prisão e recebia até bilhetes amorosos das mulheres que estuprou. Cumpriu 30 anos de prisão (sete deles em um manicômio) e foi libertado no final de 1997, embora ainda demonstrasse sinais de sérios problemas psiquiátricos.
O caso virou filme!


Nenhum comentário: