quinta-feira, janeiro 22, 2015

De todos assassinatos que ocorrem no mundo, 11% acontecem no Brasil.

Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública




Os custos com a violência no Brasil chegaram a R$ 258 bilhões no ano passado – quase 6% do PIB, que é a soma de todas as riquezas que o país produz em um ano. Os números são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lançado em dezembro de 2014 no anuário da violência. 

Nos últimos cinco anos, as polícias brasileiras mataram 11.197 pessoas, enquanto a dos EUA levou 30 anos para atingir quase o mesmo número de mortes: 11.090.




Não bastasse isso, os dados também indicam que o nosso sistema de segurança é ineficiente, paga mal aos policiais e convive com padrões operacionais inaceitáveis de letalidade e vitimização policial, com baixas taxas de esclarecimentos de delitos e precárias condições de encarceramento.

O policial militar Luis Paulo Mota Brentano, 25 anos, acusado de matar o surfista Profissional Ricardo dos Santos neste mês, responde a duas ações penais na Justiça Militar, uma por crime de lesão corporal e outra por lesão e ameaça juntos. Os casos ocorreram em 2010 e 2012, em Joinville, e em ambas as denúncias o MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) encontrou indícios de violência que foram atribuídos ao soldado – em um dos casos com a participação de outro PM.




Não podemos acreditar em uma sociedade sem polícias, mas podemos apostar que tais instituições sejam eixos estratégicos e de indução de um modelo de desenvolvimento social, econômico e cultural baseado no respeito e na paz. Ao compilar dados sobre letalidade e vitimização na ação das polícia.

As instituições policiais não experimentaram reformas significativas nas suas estruturas. Faz anos que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública destaca que o Congresso tem dificuldades para fazer avançar uma agenda de reformas imposta pela Constituição de 1988 e até hoje possui diversos artigos sem a devida regulação, abrindo margem para enormes zonas de sombra e insegurança jurídica.


Para a Segurança Pública, o efeito dessa postura pode ser constatado na não regulamentação do art. 23 da CF, que trata das atribuições concorrentes entre os entes, ou do parágrafo sétimo, do artigo 144, que dispõe sobre as atribuições das instituições encarregadas em prover segurança e ordem pública. O próprio projeto de Lei que cria e regulamenta o Sistema Único de Segurança Pública – SUSP, que no início deste ano tinha chances de ser votado, teve sua tramitação obstruída na discussão sobre competências de cada ator institucional envolvido.





Enquanto faltam vagas em creches e hospitais públicos, ensino e transporte público de qualidade precária, o Brasil se prepara para mais um evento mundial.   As Olimpíadas 2016 acontecem no Brasil com mais uma enxurrada de desvios de verbas, assim como ocorreu na copa no mundo, que deixou de saldo vários elefantes brancos (estádios para a prática somente do futebol, um esporte de minorias, administrado por cartolas) .   

O slogan mais correto para um evento mundial que ocorre no Brasil, bem poderia ser                   
                 "Welcome to the Holocaust" .

Fonte;

http://www.forumseguranca.org.br/o_que_fazemos

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