terça-feira, agosto 12, 2014

Seu dinheiro não dá para o mês todo ? Entenda o por que.

A arrecadação de tributos,  valor pago pelos brasileiros em impostos federais, estaduais e municipais desde o início do ano alcançou  hoje 12/08/2014, por volta das 11 horas, à  marca de R$ 1 trilhão. Esse é o montante de impostos recolhidos pela União, pelos Estados e municípios neste ano, que será mostrado no Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Neste ano, a cifra entra nos cofres públicos com 15 dias de antecedência na comparação com 2013. 

“A arrecadação cresce mais do que a economia brasileira. O contribuinte  paga muito e não há um retorno compatível, pois os serviços públicos deixam a desejar”,  “O Brasil não suporta mais carregar esse peso tributário. Precisamos lembrar  disso todos os dias, todo mês, mas em época de eleição isso deve ser ainda mais debatido. Precisamos exigir impostos mais justos e melhor aplicados. 


Segundo o relatório de mercado Focus divulgado pelo BC o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 deve ter expansão de apenas 0,81%. Um mês atrás, a projeção era de uma taxa de 1,05%. Economistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) preveem tempos difíceis pela frente. Pela 11ª vez consecutiva, o grupo formado por profissionais de cerca de 100 instituições financeiras reviu para baixo a estimativa para o crescimento brasileiro para este ano.  Como a economia pode ser vista em ciclos, as expectativas começam a contaminar também o ano de 2015. 

A produção de veículos no Brasil recuou 16,8% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2013, segundo informou a associação de montadoras (Anfavea) nesta segunda-feira. Foram fabricadas 1,57 milhão de unidades entre janeiro e junho, ante 1,88 milhão no ano passado.

A queda se acentua a cada mês. Em junho 215,9 mil veículos saíram das montadoras instaladas no Brasil. O valor é 33% menor se comparado com o mesmo mês de 2013, quando foram feitas 323,9 mil unidades, e 23% em relação a maio (281,4 mil). No acumulado dos últimos 12 meses, a diferença na produção é de -8,5%.
A tributação de imposto sobre imposto é uma peculiaridade brasileira. De acordo com o economista Isaías Coelho, professor sênior do Núcleo de Estudos Fiscais da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “essa indesejável cumulatividade é incomum nos sistemas tributários mundo afora”.   Um dos exemplos mais emblemático dessa característica é conferido pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), regulamentado pela Constituição de 1988 com o objetivo de tributar tudo o que é produzido e comercializado em território nacional.  "Há uma cultura do imposto sobre o imposto no Brasil", declara. O ICMS, acrescenta o economista, abriu o precedente. Depois dele, vários outros tributos passaram a incidir em cascata.
 


O impostômetro é uma ferramenta de conscientização tributária desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), lançada em 2005, a pedido da ACSP. O objetivo é mostrar ao cidadão o tamanho da carga tributária brasileira e incentivá-lo a refletir e a cobrar dos governos serviços públicos de qualidade condizentes com o montante de impostos arrecadados. 
 
O painel está localizado na Rua Boa Vista, centro histórico de São Paulo. Pelo portal é possível realizar diversas consultas, como descobrir o valor arrecadado em cada município ou estado e o que seria possível fazer com o dinheiro que entra nos cofres públicos.

Veja mais em;
http://www.impostometro.com.br/

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