quinta-feira, janeiro 16, 2014

A ineficiência que gera lixo.

Sabe-se que os dinamismos do meio natural – ventos, marés, vulcanismo, entre outros – movimentam 50 bilhões de toneladas de materiais por ano. Já as atividades humanas são responsáveis pelo deslocamento de 48 bilhões de toneladas de materiais por ano, das quais cerca de 30 bilhões são transformadas em lixo.  


 Embora a população brasileira corresponda a pouco mais de 3% da humanidade e 3,5% do PIB mundial, o Brasil desova cerca de 5,5% dos refugos planetários, estamos descartando portanto bem mais do que sugeriria o perfil demográfico e econômico do país.      Sublinhe-se que a metrópole paulista é o terceiro polo gerador de rebotalhos em nível global, atrás apenas de Nova York e Tóquio. Entretanto, é o 13º PIB urbano. Ou seja, a conurbação gera mais lixo que Berlim, Londres e Paris, urbes contempladas com status de riqueza urbana bem mais encorpado.   

Desse modo, a necessidade de não só deter o avanço do lixo como igualmente fazê-lo retroagir se impõe de forma categórica. Nesse particular, seria oportuno afiançar o “estado da arte” dos resíduos brasileiros e o desempenho dos agentes econômicos enquanto protagonistas na efetivação de boas políticas de gestão do lixo.

Atualmente, 14% dos resíduos gerados no Brasil são recuperados. E mais: sem contar os trabalhadores do parque industrial reciclador e segmentos direta ou indiretamente consorciados ao trabalho de recuperação de materiais, a literatura especializada contabiliza 1 milhão de catadores operando em todo território nacional e colaborando para preservar o ambiente urbano e impedir o desperdício de valiosas matérias-primas.

Suscitando mudanças comportamentais no quadro funcional e no plano de vida pessoal dos participantes, iniciativas calcadas na transformação de atitudes projetam, simultaneamente, a força do elemento motivacional como matriz das políticas de sustentabilidade corporativa. Entretanto, diante das incompletudes do monitoramento do lixo, os avanços apontados também sinalizam que ainda há muito a ser feito.

No plano institucional, é fato que nem sempre as respostas do poder público têm evidenciado a proficiência necessária para minimizar as interfaces mais dramáticas da ejeção dos rejeitos. Planilhas oficiais informam que apenas 2,5% dos municípios brasileiros mantêm parceria com associações e cooperativas de catadores. Mesmo nas ações de planejamento, o Estado não tem cumprido o que seria sua função obrigatória. Em 2012, ao final do prazo estabelecido para a confecção dos planos de gestão de resíduos, menos de 10% das municipalidades haviam cumprido sua “lição de casa”.


Quem se lembra do Prefeito Gilberto Kassab em São paulo cortando verbas de varrição..


Logo ele que institui a lei cidade limpa.. 

Sujeira isso !

Fontes;

http://blogdofavre.ig.com.br/2010/06/descaso-de-kassab-com-coleta-seletiva-custa-caro-para-a-cidade/



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