quinta-feira, agosto 15, 2013

Renato Russo já dizia, que país é esse ?






Educação
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita . Professores recebem menos que o piso salarial .



Saúde
Criado em 1988, o Sistema Único de Saúde tinha um objetivo claro: universalizar o atendimento aos brasileiros, que, em troca, pagam altos impostos. Como é de conhecimento público, não foi isso o que aconteceu. Passados 22 anos, usuários enfrentam filas e esperam meses e até anos para conseguir realizar uma cirurgia eletiva - os procedimentos não emergenciais. Seria ainda pior se parte da população - 26,3% - não tivesse abandonado o SUS, pagando um valor extra por planos privados de saúde.




Transportes
Ato em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pediu abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar irregularidades nos contratos do transporte público no estado.   Dentro da Assembleia, os manifestantes pressionam os deputados para assinar requerimento para abertura da comissão.   
O transporte público eficiente é a solução para a maior parte dos problemas no trânsito das grandes cidades brasileiras. Nos últimos dez anos, a frota de veículos do País dobrou, chegando a 60 milhões de unidades. O impacto nas vias urbanas é visível nas grandes cidades e em municípios de médio porte, que já sofrem com o caos dos engarrafamentos.
O Ministério das Cidades está ciente do problema, mas trabalha com um meio termo entre incentivo à compra de carros e gera dinheiro para os cofres públicos através da venda de novos veículos além de encargos como IPVA (4% sobre o valor do veículo), sobre combustíveis (84,5 Gasolina, 74,96 etanol, e 86,7 diesel). “A indústria automobilística é geradora de emprego e renda e, por isso, é incentivada pelo governo federal" . 




Regalias Parlamentares

O congressista brasileiro é o segundo mais caro em um universo de 110 países, mostram dados de um estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com a UIP (União Interparlamentar).

Apesar do corte de gastos de mais de R$ 300 milhões anunciado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando assumiu seu cargo, uma série de "regalias" concedidas aos parlamentares foram mantidas. Entre os benefícios preservados estão a manutenção de nove funcionários, com remuneração líquida entre R$ 14 mil e R$ 20 mil, para fazer check-in e despachar malas dos senadores. Eles atuam no Aeroporto de Brasília, onde os congressistas têm à sua disposição uma espécie de sala "vip". 

Senadores continuam desfrutando de benefícios como atendimento médico sem limite de reembolso (extensivo a cônjuges e dependentes até 21 anos), assinatura de revistas e jornais por conta do Senado e reembolso ilimitado para gastos com telefones celulares. Entre outros gastos listados estão os garçons exclusivos para o plenário e para a sala de cafezinho do Senado, que ganham de R$ 6 mil a R$ 10 mil para servir um cardápio com queijo picadinho e misto quente. Renan Calheiros, por sua vez, tem uma espécie de "mordomo" na residência oficial, que ganha cerca de R$ 11,3 mil líquidos. Apenas quatro dos 41 servidores que cuidam dos "mimos" dos senadores ganharam menos de R$ 10 mil em março e nove deles receberam mais de R$ 20 mil líquidos no mês, segundo o Portal da Transparência do Senado.

Sérgio Cabral governador do Rio de Janeiro utiliza diariamente helicópteros oficiais para trabalhar, apesar de a distância entre seu apartamento entre Leblon e o Palácio Guanabara, sede administrativa do governo do Estado, em Laranjeiras, ambos na zona sul do Rio, ser de apenas dez quilômetros. A distância entre o palácio e o heliporto do Estado, na Lagoa Rodrigo de Freitas, é ainda menor: 7 quilômetros.
O Helicóptero  luxuoso modelo Agusta AW 109 Grande New, adquirido em 2011 por US$ 9,7 milhões (equivalente a R$ 15,2 milhões à época), é utilizado aos fins de semana pelo governador e por sua família.  Os voos de Cabral e sua família custam R$ 3,8 milhões aos cofres públicos por ano.
Às sextas, a aeronave levaria a primeira-dama, Adriana Ancelmo, os filhos do casal, as babás e até o cachorro da família para Mangaratiba, no litoral sul do Estado, onde Cabral tem uma mansão. O governador vai para Mangaratiba aos sábados. Aos domingos, o helicóptero faz dois voos de volta ao Rio: no primeiro viajam Cabral e a família; os empregados são transportados no segundo.

Guerra de partidos
Em contrapartida a todos os fatos acima, a ação que a presidente Dilma Rousseff vai contra tudo que é de interesse para o povo.   Ela decidiu vetar parte da “pauta positiva” adotada pelo Congresso após as manifestações de junho.    Estão na lista dos projetos considerados “impagáveis” pelo Planalto o passe livre para estudantes, o fim da multa do FGTS para empregadores e a anistia aos Correios.      Seria uma espécie de “troco” pelo fato de Dilma ter sugerido a realização de um plebiscito a este ano para mudanças no sistema político e eleitoral com validade já para a sucessão do ano que vem e o congresso não aprovou.

“Nunca houve um debate no Brasil sobre os pontos da reforma política. Agora vai ser no convencimento. A população há de ser convencida da tese de cada partido, mas essa mesma população, a rigor, não domina com profundidade cada um dos temas da reforma política”, admite o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI).      O PMDB, a segunda maior bancada na Câmara, tem outras pretensões. Com capilaridade nos rincões do país, a legenda que mais elegeu prefeitos em 2012 – foram 1.024 prefeituras das 5.568 disputadas – defende a adoção do chamado "distritão", sistema que promoveria a eleição dos candidatos a deputado mais votados em seus estados, independentemente das siglas pelas quais concorreram. O modelo, entretanto, tem o grave risco de institucionalizar o “sistema eleitoral Tiririca” – deputado que, por ter obtido cerca de 1,3 milhão de votos, acabou elegendo também outros parlamentares.

Fontes;




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