quinta-feira, agosto 08, 2013

Até mesmo as instituições que tem como objetivo manter a ordem, estão sujeitas as tragédias que as armas de fogo incitam no âmago do ser humano.

 

Cinco corpos foram encontrados na casa do sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini e de Andreia Bovo Pesseghini, cabo da Polícia Militar juntamente com a avó de Marcelo, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. , na Brasilândia, zona norte de São Paulo, no fim da tarde de segunda-feira .
Menos de 24 horas depois, as polícias Civil e Militar já diziam ter identificado o autor do crime, Marcelo Eduardo Pesseghini, de 13 anos, filho do casal de PMs assassinados, também morto por arma de fogo .
Um dos parâmetros mais utilizados para a compreensão da violência homicida no Brasil, o “Mapa da Violência” apresenta, em sua mais recente edição (2013), dados que, mesmo com indisfarçável contaminação da ideologia desarmamentista, conduzem à conclusão que mais se alcança entre os estudiosos em segurança pública: as políticas de desarmamento não reduziram homicídios no país.
De acordo com o Mapa, publicado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, foram mortas no Brasil, no ano de 2010, 38.892 (trinta e oito mil, oitocentos e noventa e duas) pessoas com uso de arma de fogo, quantidade que supera a registrada no ano 2000 em 3.907 (três mil, novecentos e sete) ocorrências - foram registradas 34.958 mortes naquele ano. Percentualmente, na década pesquisada, houve um aumento nas mortes por arma de fogo da ordem de 11,25%, computando-se acidentes, suicídios, homicídios e outras causas indeterminadas .

Havia no país, no ano 2000, 2,4 mil estabelecimentos registrados na Polícia Federal autorizados ao comércio de armas e munições. Já em 2008, restavam apenas 280 (duzentos e oitenta). Em 2010, de acordo com diversas pesquisas promovidas por órgãos do próprio governo, organizações não governamentais e centros de pesquisa acadêmica, o comércio regularizado de armas e munições se resumia a 10% (dez por cento) do que se verificava uma década antes.

De onde vem então tantas armas e munição para esse crescente número de viloência causado pelas armas de fogo ?


Um exemplo da porosidade das fronteiras brasileiras é o furto e o roubo de veículos e de cargas. Aproximadamente, 400 mil veículos e 15 mil cargas são roubados no Brasil e grande parte desses veículos são levados para fora do país passando pelas fronteiras, onde são usados como moeda de troca por drogas e/ou armas.

 A drástica redução no acesso do cidadão brasileiro às armas de fogo não representou nenhuma contenção nas mortes em que elas são empregadas e não impediu o considerável crescimento dos homicídios no país.

A explicação é simples: leis restritivas à posse e ao porte de armas apenas desarmam aqueles que cumprem as leis.   A isso se dá o nome de tirania.

Nenhum comentário: