terça-feira, outubro 25, 2011

“Todo mundo tem fome. Se não é de feijão e farinha, é de amor”


Por mais que já tenha 22 anos de carreira, o rapper Criolo foi a grande revelação do VMB 2011. Ele levou três prêmios: o de Revelação, Melhor Disco e Melhor Música e roubou a cena com seu porte e com a potência de sua voz. Destaque para sua apresentação com o lendário Caetano Veloso, que se esforçou bastante para aprender a letra de “Não Existe Amor em SP”, de Criolo. Ele errou um pouquinho, mas ninguém ligou para o deslize! Muito menos o autor da canção, que parecia honrado com a companhia no palco.

Até pouco tempo, ele era Criolo Doido. MC de boa quilometragem em São Paulo, um dos fundadores da Rinha de MCs, tradicional duelo de rappers bons de improviso, e voz frequente no Pagode da 27, samba comunitário de seu bairro, o Grajaú, na zona sul da cidade de São Paulo. Mas, Doido ou não, Criolo estava em crise. “Me questionava se eu deveria continuar no palco”, ele confessa, “se eu não tinha outras formas de colaborar.

Mais do que música, é essa improvável urgência o que Criolo nos oferece. Quando compõe, canta, improvisa ou, simplesmente, fala em uma entrevista. “Muito legal o que está acontecendo comigo hoje. Mas legal mesmo seria eu não sentir essa dor no peito”, ele diz, ao refletir sobre a repercussão de seu novo álbum, Nó na orelha. O disco rapidamente transcendeu as invisíveis, e agora menos rigorosas, fronteiras entre o rap nacional e a canção. Entre seus fãs antigos de rinhas e eventos de hip hop e um público mais amplo, menos aguerrido. Provocou um tiroteio de adjetivos generosos da crítica, que, refém de rótulos e preconceitos, enumerou não sei quantos “estilos” entre as dez faixas do disco. Muita gente, como se houvesse distinção, decretou que Criolo fez “a ponte que faltava entre o rap e a música brasileira”. Bobagem... Se ele fez alguma ponte nesse disco, foi entre sua história e um público cada vez maior – e mais carente.

É a periferia, agora sendo vista..



Grajaú

O Grajaú é um distrito da cidade de São Paulo. É o 3° maior em área territorial. Está localizado na zona sul da cidade. Apesar de problemas políticos e sociais, o Grajaú vem demonstrando um alto índice de desenvolvimento social com o grande crescimento do comércio varejista. A sua maior via, Avenida Dª Belmira Marin, é considerada o centro comercial do distrito e um dos maiores da região sul paulistana, pela quantidade de comércios existentes nela (mais de 400 comércios). Embora o Grajaú ainda sofra com a escassez do investimento público na área da saúde, o distrito abriga um hospital de grande porte, o Hospital Grajaú, que é responsável pela população local e de distritos próximos.



Pagode da 27

Um grupo de amigos, formado por amantes do samba autentico, buscava nos bares do bairro um espaço para se reunir aos finais de semana e realizar uma, descompromissada, roda de samba, somente a titulo de confraternização entre amigos, mas a busca sempre esbarrava no preconceito dos comerciantes, que negavam o espaço e justificavam-se alegando medo da violência em seus estabelecimentos, então diante de tantos insucessos nas buscas, nasceu à idéia de realizar a bendita roda de samba, literalmente, no meio da rua, no inicio a idéia pareceu absurda até mesmo para alguns integrantes do grupo, já que o bairro em questão era simplesmente o Grajaú, considerado na época um dos bairros mais violentos da cidade de São Paulo.

Apesar das dificuldades citadas, violência, falta de apoio, de estrutura, etc, O inesperado acabou acontecendo e aquele samba descompromissado dos amigos, devido a grande qualidade musical começou conquistar publico.



Fontes;

http://revistatrip.uol.com.br/revista/203/paginas-negras/criolo.html
http://br.omg.yahoo.com/noticias/mtv-ousa-e-faz-premia%C3%A7%C3%A3o-de-tirar-o-chap%C3%A9u.html
http://www.pagodeda27.org.br/#

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