quarta-feira, maio 18, 2011

Sonhos e dissabores.. As 1000 faces de 1 Brasil ...

“Tá indo para o Coque? É bom levar o colete a prova de balas”. É comum ouvir esse tipo de piada ao se referir à comunidade do Coque. O lugar é marcado pelo estigma da violência e da criminalidade. Estigma que possui um fundamento: A comunidade, com cerca de 40 mil habitantes, fica na ilha Joana Bezerra, localizada entre o Centro e Boa Viagem, um dos bairros mais nobres da capital pernambucana.

O Coque é frequentemente citado na imprensa como referência de violência, além ter de enfrentar problemas quase “naturais” que marcam os bairros mais populares das grandes cidades, o local apresenta alto índice de ausência governamental – educação deficiente, falta de saneamento básico, péssimas condições de moradia e desemprego.

Conhecida como Quinha do Tamburete, essa guerreira de 44 anos, mãe de dois filhos, moradora na comunidade do Coque, vende banquinhos de madeira conhecido popularmente como "tamborete". Ela recolhe do lixo descartado na cidade, o material necessário (no caso madeira) para confeccionar os bancos. O que mais chama atenção, é a sua voz alta e forte, e a letra que ela criou para atrair os clientes.



Nos últimos sessenta anos, devido a crescente chegada na região de novas famílias pobres oriundas do interior e da zona da mata, a situação social da comunidade do coque, se tornou bastante precária. Não houve investimentos suficientes nas áreas de moradia, saúde, educação, entre outras. O resultado é a existência de duas comunidades: uma parcialmente atendida quanto às necessidades básicas de água, luz, saneamento e outra completamente abandonada, deixada à mercê da maré da cidade do Recife. Os índices de pobreza da região são gritantes; 57% de uma população de 40 mil, vive com renda mensal entre meio e um salário mínimo, número acima da média estadual.



A fama de bravura dos habitantes da comunidade é histórica. O povoamento da região tem início em meados do século XIX. Com o declínio da economia açucareira, capatazes dos engenhos, conhecidos como “cocudos” devido a sua valentia, fixaram sua morada ali, sendo essa uma das possíveis origens do nome Coque.

Fontes:
http://mariafro.com.br/wordpress/2011/05/17/conheca-a-quinha-do-tamborete-mulher-guerreira/
http://wikimapia.org/1383411/pt/Comunidade-do-Coque

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