quinta-feira, dezembro 03, 2009

Começa licitação para monotrilho na zona sul de SP




O paulistano deve se acostumar nos próximos anos com um transporte coletivo típico de parques de diversão um tipo de trem chamado de monotrilho, que usa pneus e trafega em vias elevadas (como pequenos viadutos exclusivos).

Prefeitura de São Paulo e governo do Estado passaram a projetar como alternativa mais barata do que o metrô, de menor impacto nas vias do que corredores de ônibus e, principalmente, de implantação rápida, por "economizar" em desapropriações.



Depois de desistir da criação de cinco corredores de ônibus na capital paulista, mudar o projeto previsto para a Avenida Celso Garcia e transferir para a Companhia do Metropolitano (Metrô) o Expresso Tiradentes, a Prefeitura de São Paulo começa hoje a licitação para instalar 34 quilômetros de monotrilhos na zona sul. O sistema, adotado principalmente em cidades asiáticas e inédito no País, terá dois trechos, ligando o terminal Jardim Ângela à Vila Olímpia, de um lado, e à Vila Sônia, do outro.

Até o fim de seu mandato, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) deve inaugurar as primeiras estações. E o restante deve ser entregue antes da Copa de 2014. "Essa é uma expectativa razoável", afirmou, depois de dizer que não gostaria de fixar prazos. O projeto da obra terá um custo de R$ 50 milhões e deve ser concluído até o fim de 2010.



Primeiro, serão construídos 11 quilômetros de linha entre o Terminal Jardim Ângela e o Largo 13, em Santo Amaro. Essa etapa custará em torno de U$ 800 milhões e será bancada pela Prefeitura. A segunda etapa, que inclui os outros 23 quilômetros, ficará a cargo da iniciativa privada, que em contrapartida poderá operar todo o sistema. "É algo similar ao que foi feito no Rodoanel", disse Kassab.

O custo de cada quilômetros de linha para monotrilho é de U$ 75 milhões, em média - o dobro do investimento necessário para a criação de corredores de ônibus e a metade do que é necessário para metrô. "Avaliamos que esse é o sistema que tem o menor impacto ambiental e urbanístico, é de construção mais rápida e de requalificação da área", afirmou o secretário de Transportes, Alexandre de Moraes. Segundo ele, está prevista também a construção de praças e ciclovias no entorno das linhas.




O uso dessa tecnologia no transporte de massa provoca discussão entre os técnicos há mais de 50 monotrilhos espalhados no mundo, mas ele nunca teve amplo espaço nas principais metrópoles.

Estudos diversos das gestões José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) consideram a possibilidade de implantar mais de 100 km desse transporte nos próximos cinco anos.
É mais que a rede de metrô atual, que tem 61 km e pode se equiparar a ela mesmo depois da expansão prevista até 2014.

No debate, marcado para o dia 2 de setembro, entidades da sociedade civil e cidadãos poderão questionar quais as linhas planejadas e se têm licença ambiental.
Vamos pagar pra ver!!! Melhor, mesmo sem ver vamos pagar do mesmo jeito...

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Serviço:
Audiência pública sobre os projetos de monotrilho para a cidade de São Paulo
Data: 2 de setembro de 2010
Horário: 12 horas
Local: Auditório Prestes Maia – 1º andar da Câmara Municipal
Comissão de Política Urbana e Comissão de Transporte

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