domingo, junho 01, 2008

PAC " programa de aceleração de corte"


O novo ministro do Meio-ambiente Carlos Minc, acabou com as expectativas, no seu primeiro ato executivo funcional. Havia uma corrente que dizia que ele seria um desastre e outra que talvez fosse ele melhor que Marina Silva. Acertaram os primeiros.

Aquela retórica de guardião da natureza, que ninguém ia mais cortar uma árvores na Amazônia, era tudo fanfarrice ministerial.

A farra foi tão devastadora, do ponto de vista de recuo do governo, na reunião dos Governadores da Amazônia legal, que até o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi,um dos maiores plantadores de soja em terras da Amazônia (http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/10/02/materia.2006-10-02.4357939846/view), disse-se satisfeito interpretando como uma "flexibilização" das regras o fato do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ter assinado portaria que permite que nem todas as propriedades localizadas em municípios do bioma amazônico sejam punidas caso não sigam critérios ambientais.


Governador do Mato Grosso

Mas o novo ministro ainda iria surpreender muito mais: quando anunciou que o governo vai destinar R$ 1 bilhão para recomposição de reservas legais na Amazônia.
Na prática, o País vai conceder crédito, a juros de 4% ao ano, segundo o ministro Minc, aos produtores que desmataram além do permitido pela legislação e são obrigados a recompor a floresta.

Mesmo os mais otimistas dos desmatadores amazônicos, não podiam esperar por uma benesse tão alvissareira.
Será uma premiação indiscriminada para aqueles que não cumpriram a lei, e desmataram sem dó nem piedade.




É a compensação do crime: o pessoal da moto-serra, vão ganhar um dinheiro barato, subsidiado para avançar mais no desmatamento, pois como se sabe, esses recursos nunca são bem fiscalizados, os fiscais são acessíveis e o governo fecha os olhos para os corruptos aliados.

Não satisfeito Carlos Minc também anunciou outra medida que vai beneficiar quem já desmatou ilegalmente a floresta: o Ministério do Meio Ambiente vai garantir recursos para a regularização fundiária de propriedades rurais na Amazônia que derrubou a mata.

O presidente disse saber do tormento que passou a companheira Marina, e sei, meu caro Minc, do tormento que você vai viver. Primeiro quiseram passar a idéia de que sai Marina porque é ambientalista e entra Minc porque é desenvolvimentista. Eu, como conheço os dois há 30 anos, sei que nenhuma das versões é verdadeira.

Lula comparou Marina a Pelé na Copa de 1962, quando foi substituído por Amarildo, que fez dois gols e assegurou a vitória do Brasil na competição. ‘Ninguém é insubstituível!

Como se vê a Amazônia está a mercê da própria sorte, esse ministro pavão foi escolhido a dedo, para não causar nenhum embaraço, como fazia a ministra Marina Silva com a sua “mania” de proteger a floresta, a natureza a biodiversidade...

Vamos repetir a fala do presidente, quem sabe em 2010.. Já que se sabe do seu empenho para continuar no governo, através de sua sucessora...
Ninguém é insubstituível.

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