segunda-feira, maio 19, 2008

Financiando a destruição




O desmatamento das florestas tropicais é responsável por aproximadamente um quinto das emissões globais de gases do efeito estufa - mais do que todo o setor de transportes do mundo inteiro. Embora as florestas tropicais cubram apenas 7% da superfície terrestre, elas estocam grandes quantidades de carbono, desempenhando papel fundamental na manutenção do equilíbrio climático do planeta - quanto mais carbono é liberado para a atmosfera, mais severo o impacto das mudanças climáticas.
Além disso, as florestas tropicais são vitais para a biodiversidade, abrigando quase metade de toda a vida na Terra.

Maior floresta tropical do planeta, a Amazônia já perdeu, só no Brasil, 700 mil quilômetros quadrados da sua cobertura florestal original nos últimos 40 anos - uma área maior que as dos estados de Minas Gerais (586,5 km2) e Pernambuco (98,9 km2) juntos. O desmatamento é a maior fonte de emissões brasileiras de gases
do efeito estufa, colocando o País na incômoda posição de quarto maior poluidor do mundo.

Durante o primeiro mandato do governo Luis Inácio Lula da Silva (2003-2006), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) trabalharam na descentralização da gestão florestal. Em março de 2006, ao reeditar o artigo 19 do Código Florestal6, o governo federal transferiu para os estados amazônicos a responsabilidade pelo controle das atividades de exploração de florestas, sem considerar a capacidade instalada nos órgãos estaduais para realizar as tarefas.

A decisão de descentralizar a gestão florestal no Brasil foi tomada na última hora pelo governo federal, sem discussão com a sociedade civil organizada. O ato é particularmente grave, pois nos estados amazônicos, onde são evidentes as ausências de estrutura operacional, de boas normas de governança, transparência administrativa e controle social.

veja relatório do Greenpeace

http://www.greenpeace.org/raw/content/brasil/documentos/amazonia/financiando-a-destrui-o.pdf

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