Por conta dos cortes de austeridade no orçamento do governo Italiano que aumentaram a idade mínima para aposentadoria, o Sr. Dionisi, um trabalhador da construção civil, tornou-se um dos Italianos “esodati” (exilado) – trabalhadores em idade avançada, postos na miséria sem uma rede proteção social. No dia 05 de Abril, ele e sua mulher deixaram uma nota no carro do vizinho pedindo por perdão e se enforcaram na garagem de casa. Quando o irmão do Sr. Sopranzi, Giuseppe Sopranzi, 73, soube da notícia da morte dos familiares, afogou-se no mar Adriático.
Nos EUA, a taxa de suicídio, que vinha crescendo lentamente desde o ano 2000, teve um salto após a recessão de 2007-2009. Em nosso novo livro, estimamos em 4.750 os suicídios “extras” – ou seja, o número de mortes acima da média anteriormente existente – ocorridos de 2007 a 2010. As taxas destes suicídios foram significativamente maiores nos estados que experimentaram as maiores perdas de postos de trabalho. As mortes por suicídio ultrapassaram o número de mortes por acidente de carro no ano de 2009.
A Bulgária viveu uma série inédita de tentativas de imolação ao mesmo tempo em que era realizado no país um movimento de protesto contra a pobreza e a corrupção durante os meses de fevereiro e março.
"Viúvas brancas" da Itália são o exemplo mais recente do impacto emocional da crise da dívida e as medidas de austeridade estão a tomar sobre a Europa. No primeiro semestre do ano passado, as taxas de suicídio na Grécia disparou mais de 40% de ano para ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde grego. No Reino Unido - não uma parte da zona do euro, mas cuja economia também está lutando, pois entra em uma recessão duplo mergulho - pesquisadores escreveram no mês passado no British Journal of Medicine que o 2008-2010 recessão pode ter levado mais de 1.000 as pessoas a cometer suicídio.
No Brasil, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens, ficando atrás de acidentes e homicídios. No Brasil, estima-se que ocorram 24 suicídios por dia. O número de tentativas é até 20 vezes maior que o de mortes. "O suicídio é uma epidemia silenciosa".
Para vários pensadores, como Goethe, Kant, Sartre e Russeau, o suicídio possui definições que se alternam, se complementam, se contradizem, pois o destino do suicídio é ambíguo, uma vez que diante deste o indivíduo quer acabar com a dor, a angústia, o sofrimento que vivencia, e não com a vida em si. Sofrimento este, advindo de conflitos intrapsíquicos que perturbam demasiadamente o indivíduo, onde ele só consegue ver a morte como recurso.
Fontes;
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u454181.shtml
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/bulgaria-tem-sexta-morte-em-serie-de-suicidios-por-crise,7f9b98cffb76e310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
http://edition.cnn.com/2012/09/10/business/italy-economy-suicide/index.html
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