Uma pesquisa realizada com pessoas entre 18 e 30 anos,
desenvolvida simultaneamente nas cidades de São Paulo, buscou levantar
dados sobre a relação do jovem brasileiro com seus cartões de crédito.
De acordo com a pesquisa, o jovem brasileiro é o que mais
enfrenta problemas financeiros devido ao uso excessivo do cartão de crédito – usam-no mais de uma vez ao dia,
atrasam o pagamento de faturas, desconhecem as taxas de juros,
etc. Os dados ainda revelaram que 83% dos jovens brasileiros têm, pelo menos,
um cartão e 42% tem de dois a quatro cartões.
Verificando os dados da
pesquisa e opiniões de especialistas, pode-se concluir que a desinformação do jovem
brasileiro é o principal fator para o endividamento deste e mau uso do cartão
de crédito.
Reorganizar as finanças não é tarefa fácil. Principalmente quando o
endividamento já está tão descontrolado que fica complicado saber por onde
começar a atacar o problema. Em vez de pagar as contas menores, os
especialistas recomendam quitar aquelas sobre as quais incidem juros maiores,
como cartão de crédito e cheque especial. Mas também é preciso colocar em dia
as dívidas de serviços essenciais, como água e luz.
É preciso mesclar
as dívidas que penalizam mais financeiramente com aquelas que geram sanções. Na
prática, isso significa que é preciso sentar e fazer contas, mas sem deixar de
lado aquelas dívidas que penalizam o consumidor no dia a dia. Se deixo
de pagar a energia elétrica de casa, cortam a luz.
Ao
priorizar as contas, não se esqueça daquelas com juros mais altos. Em primeiro lugar, é preciso pagar o que custa
mais caro, de acordo com a taxa de juros. Os juros mais elevados do mercado são
os do cartão de crédito.
A
armadilha do pagamento mínimo da fatura, pode dobrar o valor total. Negocie com
a operadora do cartão para efetuar o pagamento em parcelas com taxas menores.
Se
a pessoa não pode ver uma promoção que já pensa em sacar o cartão, é melhor
adotar outras táticas para não se endividar ou cair na armadilha de efetuar o
pagamento mínimo da fatura. É preciso encarar o cartão de crédito como
um instrumento emergencial para compras, e ficar atento para não comprometer a
renda futura.
1
– Não use o cartão como complemento de renda
Para começo de conversa, é
importante lembrar que o cartão de crédito deve ser encarado como uma forma de
pagamento, e não como complemento de renda. “Muitas pessoas pensam: não tenho
dinheiro para pagar hoje, mas vou colocar no cartão de crédito e pagar no
próximo mês”. Aí, no mês seguinte, ela paga todo o cartão e fica sem dinheiro,
o que a leva a passar mais um mês financiada pelo cartão.
2 – Aplique parte do seu
salário e concentre os gastos no cartão
Para os consumidores mais
disciplinados, uma dica de é usar o cartão como mecanismo para ganhar tempo na
hora de pagar as contas.
4 – Controle dos gastos
O cartão também pode ajudar a
manter o orçamento no azul. “Hoje em dia você consegue acompanhar a fatura por
meio do internet banking”. À medida que faz compras e pagamentos, o cliente tem
como somar seus gastos. “Quando o cartão é utilizado de maneira correta, vira
um aliado no controle financeiro”.
Mas a dica só vale para quem já
se acostumou a checar os lançamentos na internet com frequência. Caso
contrário, o uso do cartão para pequenas compras do dia pode ter o efeito
contrário e levar ao descontrole. “O consumidor que não acompanha os gastos
pode se perder nas compras e correr o risco de ter que pagar os altíssimos
juros dos cartões”.
5 – Fuja do pagamento mínimo
Ao comprar mais do que seu
orçamento permite, muitas pessoas constatam que, para pagar a fatura do cartão
de crédito, será preciso comprometer boa parte da renda para evitar a
inadimplência. Nesta situação, algumas podem cair na tentação de efetuar o
pagamento mínimo da conta, e, com isso, ficam submetidas aos juros do rotativo
do cartão de crédito, que podem chegar aos 320% ao ano. “De repente, ele
percebe que está tomando emprestado o dinheiro mais caro que existe”. A pior sanção, neste caso, é a inclusão do
nome no SPC. “Sempre que puder parcelar sua compra sem juros.
6 – Fuja do impulso: deixe seu
cartão em casa alguns dias
As compras feitas por impulso
são o inimigo número um de quem quer terminar o mês no azul. “O
cartão de crédito, para quem não sabe usar, é a melhor maneira de comprar uma
coisa da qual você não precisa, com o dinheiro que você não tem”. Por isso, ele
sugere deixar o dinheiro de plástico em casa alguns dias da semana. “Até porque
gastar dinheiro de papel é bem mais dolorido, conforme mostram pesquisas. O
cartão tem uma invisibilidade que o papel não tem.
“É preciso considerar que toda vez que você faz uma dívida,
estará ficando mais pobre por causa dos elevados juros que pagará”. Uma dica para aumentar a renda é vender dez dias de férias e usar o dinheiro para
pagar dívidas.
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