sexta-feira, maio 27, 2011

A REVOLUÇÃO DE 1964 E SUA INFLUÊNCIA NO MODELO POLICIAL BRASILEIRO



Neste último século, houve uma articulação íntima entre as polícias latino-americanas e norte-americana, ferindo a soberania nacional dos países da América Latina – principalmente a polícia política, voltada à repressão da luta pela democracia, pelo progresso e pela afirmação nacional. Articulação feita, muitas vezes, à margem das leis e mesmo do conhecimento dos governos envolvidos. Este é o tema do livro Polícia e política: relações Estados Unidos/América Latina, da professora norte-americana Martha K. Huggins, publicado no Brasil pela Cortez Editores. Nele, o estudo das relações entre policiais brasileiros e norte-americanos tem grande destaque.

A ingerência do exército nas instituições policiais no Brasil foi grande, entretanto, interesses internacionais também fizeram com que as polícias fossem afastadas da população e agissem sob outras diretrizes.

Com o golpe de estado de 1964, a principal mudança se constituiu no comando das polícias militares, que passou a ser exercido por oficiais do exército brasileiro. Extremamente danoso para a sociedade tal fato configurou uma atenção maior das polícias às matérias atinentes à defesa interna e segurança nacional, em detrimento da missão precípua dos órgãos policiais que é a segurança pública.





A influência norte-americana na difusão de ideologias, através da OPS – Office of Public Safety-, Seção de Segurança Pública em português, configura-se como um divisor de águas nas mudanças que se sedimentaram nas polícias brasileiras. Isso ocorre em virtude da guerra ideológica travada no mundo bipolar, pelos Estados Unidos e a União Soviética.

A ideia desenvolvida por "intelectuais norte-americanos" de que em países em desenvolvimento industrial haveria mais condições para o surgimento do comunismo, gerou estratégias para uma solução que impedisse o avanço comunista e possibilitasse o contínuo desenvolvimento.



A solução encontrada pelos estudiosos foi trabalhar na antiinsurreição, contra a guerrilha e o terrorismo. A doutrina americana difundia a teoria de que as medidas militares por si só não seriam eficazes no combate aos guerrilheiros comunistas. A aspiração norte-americana era tornar as polícias estrangeiras linhas de defesa contra o terrorismo.

Em âmbito internacional a OPS servia como fachada para que agentes da CIA – Central Intelligence Agency - ministrassem cursos aos policiais estrangeiros. Os cursos tinham duração de algumas semanas.



O objetivo dos cursos era ensinar "técnicas de vigilância e coleta de informações, procedimentos de interrogatório, métodos de realização de batidas, e controle de motins e de multidões". Alguns cursos eram ministrados em território americano, porém a maior parte do assessoramento ocorria nos países de origem dos policiais.

Na verdade se pretendia que com os cursos ministrados os policiais fossem capazes de identificar e neutralizar manifestações, desordens, motins, enfim, detectar atividades de militantes subversivos.

No Brasil, por exemplo, foi ministrado um curso um ano após a revolução de 64, no Estado do Paraná, e contou com a presença de Delegados de Polícia e Oficiais Superiores da Polícia Militar, sobre o desenvolvimento da insurreição no Vietnã do Sul e as operações contra ela.



O controle das polícias, que no Brasil já possuía a característica de ser fortemente centralizado, foi ainda mais endurecido. Em março de 1967, o Decreto-Lei 317, submeteu as polícias militares ao comando de oficiais do exército brasileiro, conforme já mencionado. Por trás dessas ações estavam os consultores da OPS, que ajudaram a redigir e implementar a lei, com o intento de centralizar o sistema policial brasileiro, para torná-lo mais eficaz contra a subversão, afastando-o das influências estaduais e dos assuntos locais.

O exército desejava o controle das Polícias Militares, com receio de que acontecessem fatos assemelhados àqueles que ocorreram, quando em 1964 os Governadores da Guanabara e Minas Gerais puseram suas tropas de segurança às ruas a serviço dos opositores de João Goulart. As forças policiais eram importantes demais para que se corresse o risco de serem controladas pelos opositores do regime.

O decreto-lei 317 delimitou e restringiu a competência das polícias militares e civis. Após o seu advento os policiais militares passaram a exercer o policiamento ostensivo preventivo e repressivo nas ruas, enquanto que os civis ficaram com as investigações criminais. Anteriormente as competências não estavam tão bem delimitadas.

Desde o início da implementação de forças de segurança no Brasil, sempre se optou por um modelo militar, calcado em disciplina e hierarquia, com forte atrelamento à força armada terrestre.




Este modelo, importado como se viu da pátria mãe Portugal, é francês. No Brasil, assim como na França serviu para fins políticos. A dificuldade brasileira foi ainda maior do que a francesa em garantir a unidade territorial de um Estado continental. Não se pode desprezar a grande vantagem que o modelo policial militar legou à sociedade brasileira, na garantia de unidade nacional e na defesa territorial. Contudo isso também é reflexo de forças armadas deficientes.

O fato é que as alterações decorrentes da Revolução de 1964 transformaram as instituições policiais do país. É possível afirmar que os policiais militares foram afastados da população. Passaram a ver os cidadãos como inimigos em potencial. A atuação passou a ser primordialmente no campo da defesa do Estado em detrimento da defesa do cidadão.

3 – A REALIDADE ATUAL: "MEIAS POLÍCIAS"

O regime militar fez mais do que afastar os policiais militares das comunidades. Criou divisões profundas entre as polícias civil e militar. Razão pela qual passou a existir no Brasil duas grandes "meias polícias".

A Polícia Militar é uma polícia ostensiva. Atua fardada, possui viaturas caracterizadas e é eminentemente preventiva. Ela caracteriza-se também por ser administrativa. A polícia civil, por outro lado é judiciária, tem como característica principal o fato de atuar no pós-delito, constituindo-se em uma polícia repressiva.



Hoje, a sociedade espera que a polícia seja capaz de atender às suas demandas. O cidadão que teve algum bem subtraído não espera que uma polícia venha à sua casa, constate que se trata de uma situação de pós-delito e encaminhe esse cidadão à outra polícia para que esta tome as providências cabíveis ao caso. É um contra-censo para qualquer pessoa.

Sobre o estudo

Martha Huggins é velha conhecida dos brasileiros, ela estuda nosso país há mais de 20 anos, e já lecionou na Universidade Federal de Pernambuco, na Universidade de Brasília e na Universidade de São Paulo. Atualmente, é professora titular de sociologia do Union College (Schenectady, Nova Iorque).

Seu livro é um retrato contundente da promiscuidade entre agentes policiais dos vários países envolvidos, e dos atentados contra a segurança pública e contra a soberania nacional. Há uma verdadeira comunidade repressiva, cuja ação muitas vezes passa ao largo da legalidade, e mesmo do conhecimento dos governos dos países que participam de programas de treinamento patrocinados pelo governo dos Estados Unidos.

E mais enfatiza ela, não se trata apenas de coisas ocorridas no passado, ao contrário do que se pensa, hoje recursos de todo tipo são usados nesses programas, e são muito maiores do que os empregados na década de 1960.



Como eliminar a violência policial?

Martha Huggins:

Tem de se eliminar a pobreza. Há relação entre crime e miséria. A miséria leva a polícia a fazer coisas que não seriam de sua atribuição. A presença da polícia acaba sendo necessária para o controle político dos pobres, para “limpar” consequências da desigualdade social.

Resolver a questão da distribuição da renda, que levaria à superação dos problemas, só será possível com política ampla. Por mais que a ação policial se dê, não atinge a raiz da questão, e o papel da polícia acaba sendo uma ação política às avessas do que deveria.


fontes:
http://www.grabois.org.br/portal/cdm/revista.int.php?id_sessao=50&id_publicacao=154&id_indice=1020

livro:
HUGGINS, Martha K. Polícia e Política: relações Estados Unidos/ América Latina. São Paulo: Cortez, 1998.

quinta-feira, maio 26, 2011

Bob Marley cantou melodias originais, letras que denunciavam a miséria, a injustiça social, o racismo entre outras realidades.

"Deus me enviou à terra com uma missão. Só Ele pode me deter, os homens nunca poderão".
Bob Marley

Bob Marley morreu em maio de 1981, neste ano estaria completando 70 anos. Ele popularizou o reggae com melodias originais e letras que denunciavam a miséria, a injustiça social, o racismo e outros temas que faziam parte de sua realidade. Sua música "continua mantendo uma unidade que vai além de credos, raças, cores, fronteiras e culturas", disse Brian Chengela, diretor da Jah Entrenainment.


Time Will Tell, é uma biografia cinematográfica que celebra a vida e o legado de Bob Marley. Da sua infância, passando pela formação da banda The Wailers, o sucesso mundial que levou ao mundo a poderosa mensagem do Reggae, até sua morte em 1981, este documentário intercala músicas, com depoimentos de Marley sobre política, religião, desigualdade social, etc.

Parte 1


Bob Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945 em Saint Ann, no interior da Jamaica, filho de Norval Sinclair Marley, um militar branco, capitão do exército inglês e Cedella Booker, uma adolescente negra vinda do norte do país. Cedella e Norval estavam de casamento marcado para 9 de julho de 1944. No dia seguinte ao seu casamento, Norval abandonou-a, porém continuou dando apoio financeiro para sua mulher e filho. Raramente os via, pois estava constantemente viajando. Após a morte de Norval em 1955, Marley e sua mãe se mudaram para Trenchtown, uma favela de Kingston, onde o garoto era provocado pelos negros locais por ser mulato e ter baixa estatura (1,63 m). Bob teve uma juventude muito difícil, e isso o ajudou a ter personalidade e um ponto de vista bastante crítico sobre os problemas sociais.

Parte 2


guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafáris" pela maneira com que divulgava a religião através de suas músicas.

Parte 3


"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra".
Bob Marley

Parte 4


"Uma coisa boa sobre a música é que quando ela bate você não sente dor".
Bob Marley

Parte 5


Em 1976, dois dias antes de um show gratuito organizado por Bob Marley e o então primeiro-ministro jamaicano Michael Manley durante as eleições gerais, Marley, sua esposa Rita e o empresário Don Taylor foram baleados na residência do astro em Hope Road. Marley sofreu ferimentos leves no braço e no tórax. Don Taylor levou a maior parte dos tiros em sua perna e torso ao andar acidentalmente na frente da linha de fogo. Ele foi internado em estado grave mas recuperou-se. Rita Marley também foi internada após um grave ferimento na cabeça. Acredita-se que o tiroteio teve motivações políticas (os políticos jamaicanos eram em geral violentos na época, especialmente quando as eleições se aproximavam).

Parte 6


Bob Marley deixou a Jamaica no final de 1975 e foi para a Inglaterra, onde gravou os álbuns Exodus e Kaya e onde também foi preso pela posse de um cigarro de maconha. Ele lançou a música Africa Unite no álbum Survival em 1979, e então foi convidado a tocar nas comemorações pela independência do Zimbabwe em 17 de abril de 1980.

Parte 7


Bob Marley era adepto da religião rastafári. Ele foi influenciado por sua esposa Rita, e passou a receber os ensinamentos de Mortimer Planno. Ele servia de fato como um missionário rasta (suas ações e músicas demonstram que isso talvez fosse intencional), fazendo com que a religião fosse conhecida internacionalmente. Em suas canções Marley pregava irmandade e paz para toda a humanidade. Antes de morrer ele foi inclusive batizado na Igreja Ortodoxa da Etiópia com o nome Berhane Selassie.

Parte 8


Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu; foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar. Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge (na verdade, a preocupação de Bob Marley era quanto à amputação de qualquer parte de seu corpo, seja o dedo do pé ou suas tranças. Para os seguidores dessa religião/filosofia, não se deve cortar, aparar ou amputar qualquer parte do corpo). Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas. A doença foi mantida em segredo do grande público.

Parte 9


Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a Ordem ao Mérito Jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta da Alemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia 11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, aos 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo. Ele foi sepultado em uma capela em Nine Mile, perto de sua cidade natal, junto com sua guitarra favorita, uma Fender Stratocaster vermelha.



"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida".
Bob Marley

terça-feira, maio 24, 2011

FELICIDADE por SERGIO VAZ



As coisas não nasceram para dar certo, somos nós é que fazemos as coisas acontecerem, ou não.

Acredito que a gente tem que ter um foco a seguir, traçar metas, viver por elas. Ou morrer tentando. Jamais queimar etapas e saber reconhecer quando é a sua hora.

O Acaso é uma grande armadilha e destroi os sonhos fracos de pessoas que se acham fortes.
Não passar do tempo e nem chegar antes. Preparar o corpo, o espírito, estudar o tempo o espaço. Não ser escravo de nenhum dos dois.
Observar as coisas que interferem no seu dia e na sua noite. E saber entender que há aqueles sem sol e sem estrelas e que a vida não deve parar só por isso..
Ser gentil com as pessoas e consigo mesmo. E gentileza não tem nada a ver com fraqueza, pois, assim como um bom espadachim, é preciso ter elegância para ferir seus adversários.
O que adintanta uma boca grande e um coração pequeno? Nunca diga que faz, se não o faz.

Ame o teu ofício como uma religião, respeite suas convicções e as pratique de verdade, mesmo quando não tiver ninguém olhando. Milagres acontecem quando a gente vai à luta.

Pratique esportes como arremesso de olhar, beijo na boca, poema no ouvido dos outros, andar de mãos dadas com a pessoa amada, respirar o espaço alheio, abraçar sonhos impossíveis e elogios à distância. E,, em hipótese alguma, tente chegar em primiero. Chegar junto é melhor, até porque, o universo não distribue medalhas nem troféus.

Respeite as crianças, todas, inclusive aquela esquecida na sua memória. Sem crianças não há razão nenhuma para se acreditar num mundo melhor.

As crianças não são o futuro, elas são o presente, e se ainda não aprendemos com isso, somos nós, os adultos, é que tiramos zero na escola.
Ser feliz não quer dizer que não devemos estar revoltados com as coisas injustas que estão ao nosso redor, muito pelo contrário, ter uma causa verdadeira é uma alegria que poucos podem ter.




Por isso, sorrir enquanto luta, é uma forma de confundir os inimigos. Principalmente os que habitam nossos corações. E jamais se sujeite a ser carcereiro do sorriso alheio.

Não deixe que outras pessoas digam o que você deve ter, ou usar. Ter coisas é tão importante como não tê-las, mas é você quem deve decidir. Ter cartão de crédito é bom, porém, ter crédito nele tem um preço.

Se possível, aprecie as coisas simples da vida, vai que no futuro... "Adeus pertences".

Esteja sempre disposto ao aprendizado, e não se esqueça que, quem já sabe tudo é porque não aprendeu nada.

As ruas são excelentes professoras de filosofia, pratique andar sobre elas.
Procure desvendar as máscaras do dia a dia, pois o segredo está no minúsculo - assim como um belo espetáculo do crepúsculo-, no pequeno gesto das formiguinhas esconde a grandeza a ser seguida pela humanidade.

Tenha amigos. Se não tem, seja. Eles virão.

Felicidade não se ensina, é uma magia, e o segredo está na disciplina de uma vida sem truques e sem fogos de artifícios.

E não acreditem em poetas. São pessoas tristes que vendem alegria...
Sérgio Vaz
Poeta do Mundo Real




A Cooperifa é um movimento de incentivo à leitura e à criação poética, e ao longo desses anos já fez vários eventos ligados a literatura. Como o "Poesia no ar" quando os poemas são soltos em balões (bexigas), o "Ajoelhaço" quando os poetas e convidados ajoelham-se e pedem perdão para as mulheres, a "Chuva de livros" quando presenteia a comunidade com livros (neste ano foram 600), o "sarau da Cooperifa nas escolas" da região, o "Prêmio Cooperifa" para pessoas e instituições que direta, ou indiretamente ajuda a periferia a se transformar num lugar melhor para viver, o "Cinema na laje" e saraus em praças, favelas, presídios, na Fundação Casa, lançamentos de livros e discos de poesia e de poetas.

O Saráu da Cooperifa, acontece sempre as quartas-feira, às 20hs.
Local: Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana Z/S São Paulo, Brasil.


http://www.colecionadordepedras1.blogspot.com/
http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=1984&Itemid=2

quarta-feira, maio 18, 2011

Sonhos e dissabores.. As 1000 faces de 1 Brasil ...

“Tá indo para o Coque? É bom levar o colete a prova de balas”. É comum ouvir esse tipo de piada ao se referir à comunidade do Coque. O lugar é marcado pelo estigma da violência e da criminalidade. Estigma que possui um fundamento: A comunidade, com cerca de 40 mil habitantes, fica na ilha Joana Bezerra, localizada entre o Centro e Boa Viagem, um dos bairros mais nobres da capital pernambucana.

O Coque é frequentemente citado na imprensa como referência de violência, além ter de enfrentar problemas quase “naturais” que marcam os bairros mais populares das grandes cidades, o local apresenta alto índice de ausência governamental – educação deficiente, falta de saneamento básico, péssimas condições de moradia e desemprego.

Conhecida como Quinha do Tamburete, essa guerreira de 44 anos, mãe de dois filhos, moradora na comunidade do Coque, vende banquinhos de madeira conhecido popularmente como "tamborete". Ela recolhe do lixo descartado na cidade, o material necessário (no caso madeira) para confeccionar os bancos. O que mais chama atenção, é a sua voz alta e forte, e a letra que ela criou para atrair os clientes.



Nos últimos sessenta anos, devido a crescente chegada na região de novas famílias pobres oriundas do interior e da zona da mata, a situação social da comunidade do coque, se tornou bastante precária. Não houve investimentos suficientes nas áreas de moradia, saúde, educação, entre outras. O resultado é a existência de duas comunidades: uma parcialmente atendida quanto às necessidades básicas de água, luz, saneamento e outra completamente abandonada, deixada à mercê da maré da cidade do Recife. Os índices de pobreza da região são gritantes; 57% de uma população de 40 mil, vive com renda mensal entre meio e um salário mínimo, número acima da média estadual.



A fama de bravura dos habitantes da comunidade é histórica. O povoamento da região tem início em meados do século XIX. Com o declínio da economia açucareira, capatazes dos engenhos, conhecidos como “cocudos” devido a sua valentia, fixaram sua morada ali, sendo essa uma das possíveis origens do nome Coque.

Fontes:
http://mariafro.com.br/wordpress/2011/05/17/conheca-a-quinha-do-tamborete-mulher-guerreira/
http://wikimapia.org/1383411/pt/Comunidade-do-Coque

terça-feira, maio 10, 2011

QUEM QUER CASA, PARTICIPA ... Audiências públicas do Plano Municipal de Habitação de São Paulo

SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO- SECMH

Audiências Públicas do PMH de 10 a 26 de maio de 2011





O Plano Municipal de Habitação será debatido com a população em 19 audiências públicas que se realizarão ao longo do mês de maio de 2011, em todas as regiões da cidade de São Paulo.

As Audiências serão divididas em 5 partes: Saudação e Manifestação do Coordenador dos Trabalhos; Exibição de um vídeo síntese do PMH e exposições sobre o projeto em discussão; Manifestação dos Inscritos; Comentários e Respostas; e Encerramento.
Durante as Audiências, todos os presentes poderão deixar suas sugestões e comentários para o Plano em Fichas de Sugestões, que serão compiladas e analisadas para contribuições ao texto final do PMH, que será enviado à Câmara Municipal de São Paulo.

A seguir o calendário das Audiências Públicas do PMH para divulgação e participação.
Mais informações podem ser acessadas no site do HABISP: www.habisp.inf.br



AUDIÊNCIAS PÚBLICAS DO PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO POR SUBPREFEITURAS

Data
Horário

Data
Horário
Subprefeitura

São Miguel/ Itaim Paulista Habi Leste
Subprefeitura Itaim Paulista, Av. Marechal Tito, 3012 - Vl. Curuçá tel. 2561.6064
11/mai ás 15h

Penha / Ermelino Matarazzo Habi Leste
Subprefeitura Penha, Rua Candapuí, 492 - Penha tel. 3397.5100
12/mai ás 17h

São Mateus/ Itaquera Habi Leste
Subprefeitura São Mateus, Rua Ragueb Chohfi, 1400 São Mateus tel. 3397.1100
12/mai às 15h

Vila Prudente/ Sapopemba Habi Sudeste
Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba, Av. do Oratório, 172 - Jd. Independência - Vila Prudente tel. 3397.0800
13/mai às 18h

Cidade Tiradentes/ Guaianases Habi Leste
CEU Lajeado, Rua Manoel da Mota Coutinho, 293 - Lajeado tel.3397.6940/2153.9930
16/mai às 10h

Capela do Socorro Habi Sul e Mananciais
Subprefeitura Capela do Socorro, Rua Cassiano dos Santos, 499 - Jd. Cliper tel. 3397.2700
16/maio às 16h

Cidade Ademar Habi Sul e Mananciais
Subprefeitura Cidade Ademar, Av. Yervant Kissajikian, 416 - Vl. Constância tel. 5670.7000
18/mai às 10h

M’Boi Mirim Habi Sul e Mananciais
Subprefeitura M’Boi Mirim, Av. Guarapiranga, 1265 - Pq.Alves de Lima - Jd. São Luis tel. 3396.8400
18/mai às 15h

Perus/ Anhanguera/ Pirituba/Jaraguá Habi Norte
CEU Perus, Rua Bernardo José Lorena, s/n - Vl. Malvina tel. 3915.8753
19/mai às 10h

Parelheiros Mananciais
Subprefeitura Parelheiros, Av. Sadamu Inoue, 5252 - Jd. dos Álamos tel. 5926.6500
19/mai às 16h

Freguesia do Ó/ Brasilândia/Casa Verde/ Cachoeirinha Habi Norte
Subprefeitura Freguesia do Ó, Av. João Marcelino Branco, 95 - Vl.Nova Cachoeirinha tel.3981.5000
19/mai às 16h


Campo Limpo Habi Sul
Subprefeitura Campo Limpo, Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 59/65 - Jd. Laranjal tel. 3397.0500
26/mai às 10h

Fonte:
http://cradesmboimirim.blogspot.com/search?q=habitação
http://nossasaopaulo.org.br
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/26563654/dosp-cidade-07-05-2011-pg-45

Fórum Regional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da região da subprefeitura MBoi Mirim


Um recurso que trouxe grandes conquistas, mas que também indica que a sociedade brasileira ainda tem pela frente uma longa caminhada em prol do bem-estar da infância e da juventude.

Assim é o ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90)), que está completando vinte anos de criação e determina que crianças e adolescentes têm prioridade absoluta no atendimento a seus direitos como cidadãos.

Aos trabalhadores, militantes, crianças e jovens, preocupados com a Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes do MBoi Mirim, com o objetivo de ampliar as discussões e reativar o Fórum Regional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da região da subprefeitura MBoi Mirim, as organizações e grupos indicados abaixo convidam vossa entidade/pessoa para a reunião que acontecerá no Dia 14 de maio de 2011, das 10h às 12:30h no Conselho Tutelar do Jardim São Luis – Rua Jean de Brienne, 25. Cep 05816-170 – Prox. Ao mercado Atacadão na MBoi Mirim.

Tendo como Pautas iniciais:

1. Organização do Fórum DDCA do MBoi Mirim;
2. Transmissão ao Vivo das reuniões do Fórum pela Internet
3. Acompanhamento do Conselho Tutelar e Eleição 2011.
4. Conferências DCAs 2011 - Apresentação do Sistema de Conferência Permanente
5. Informes Gerais;

Pela efetivação dos direitos das crianças e adolescentes!

Casa dos Meninos
CEDECA Jd. Ângela
Santos Mártires
Conselho Tutelar do Jd. São Luis
Fórum Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

Fontes:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm

segunda-feira, maio 09, 2011

Mostra de música popular reunirá de tambores africanos a japoneses



Mostra de música popular promoverá intercâmbio e interação entre grupos convidados e o público. Por meio de uma programação bem diferenciada, que iniciará com a palestra A presença do tambor nas culturas brasileiras, ministrada pelo Profº Drº Salloma Salomão e também por uma exposição de fotos idealizada pelo Instituto Tambor em parceria como fotógrafo Guma.

As apresentações estão divididas por tipo de tambores, a abertura da parte percussiva será realizada com os tambores do candomblé pela Oya Aguerê, depois tambores árabes - Trio do Oriente, tambores do maracatu - Ilê Alafia e Umoja, tambores japoneses – Taikô Kôdaiko, tambores do maculelê – Espírito de Zumbi, tambores africanos – Ballet Afro Koteban, tambores do Maranhão – Tambor de Crioula Juçaral dos Pretos e a finalização com o Jongo do Tamandaré, tambores do jongo.



Fonte e Programação:

Casa de Cultura do M’Boi Mirim, Zona Sul de São Paulo, 13 de maio, a partir das 19h, o evento Noite dos Tambores, Av. Inácio Dias da Silva, s/n º - Piraporinha - CEP: 04913-180 Informações: (11) 5514-3408 - Cidade: São Paulo / SP - Brasil - http://www.overmundo.com.br/agenda/umoja-promove-encontro-com-tambores

Dna. Maria Guerreira


Você por amor, deixou que outro homem se unisse a você,
Se iludiu, confiou, magoou-se.
Dessa união, você me gerou.
Fruto de amor, ou desamor, virei embrião,
e de embrião feto.
de feto transformei-me em homem,
homem esse, com poder dado por você,
de transformar o desamor novamente em amor...

quinta-feira, maio 05, 2011

Seminário: Revoluções - Uma política do sensível


O Projeto Revoluções é uma realização do Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, do SESC-SP e da Boitempo Editorial.



INSCRIÇÕES GRATUITAS NO SEMINÁRIO INTERNACIONAL - REVOLUÇÕES: UMA POLÍTICA DO SENSÍVEL DE 1 A 18 DE MAIO DE 2011 PELO LINK:



http://revolucoes.org.br/v1/inscricoes-seminario



Revoluções: uma política do sensível

O seminário trabalhará com a relação entre estética, política e história. Não no sentido estrito da propagação das posições de engajamento político dos artistas, mas no da produção de uma política do sensível (ou de uma “partilha do sensível”, para usarmos a expressão cunhada pelo filósofo francês Jacques Rancière).

A ideia de uma política do sensível opera como uma abertura ética, presente em uma obra de arte, que rompe com os lugares-comuns do cotidiano, esvaziado pelo espetáculo dos meios de comunicação em massa. Ao recolher criticamente a tradição revolucionária esquecida, os artistas criam as condições que permitem a produção de novos sentidos comuns, ativos e críticos. Assim, as clássicas revoluções sociais, antes vistas como questões datadas, esvaziadas de sua efetividade política, ganham força novamente.


Serviço:

Local: Teatro Paulo Autran - SESC-Pinheiros - Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros/SP

DATAS E PROGRAMAÇÃO

Maio 20 e 21 de 2011

Fonte:

Do interior do Pará, para o mundo ..Fabíricio Pontes, caricaturista.

Ney Jackson Pontes dos Santos, é o verdadeiro nome de Fabricio Pontes nascido em 23/10/1984, Pontes é natural de Santa Isabel do Pará.-PA,seu amor pelo desenho vem desde a sua infancia,F.Pontes começou bem,teve pela primeira vez seu trabalho publicado no Jornal O Liberal, no caderno liberalzinho onde passou a publicar todos os domingos durante dois meses, logo depois foi convidado pelo cartunista J.Bosco para publicar durante um mês suas tiras "Bico de Pena" já teve trabalho publicado no Jornal "Diário do Pará" na Coluna jornaleco do jornalista "Raimundo Mario Sobral' fez tambem uma capa da revista Chá de Cadeira "Edição de Ferias" Jul/09.



Fabrício Pontes participa atualmente de Salões e exposições no Brasil e no exterior, Foi Premiado no I Salão medplan de Humor em Teresina-PI "Menção Honrosa"- Cartum, Premiado também no II Festimenc- Festival Internacional de menção honrosa-RJ, teve um trabalho exposto na Romenia, no The Tribute Exhibition for Michael Jackson, uma Homenagem ao Rei do Pop na qual reuniu artistas de mais de 50 Países, em 2010 foi selecionado no III Salão de humor da Amazonia .



Neste vídeo ele mostra um pouco de seu trabalho preparado para Ice Blue.
Ice Blue, nome artístico de Paulo Eduardo Salvador (1970) é rapper brasileiro membro do grupo de rap Racionais MC's. Blue é um dos integrantes do grupo que mais se mobiliza por ações sociais e pelo movimento hip-hop. Já organizou um festival de rap em São Paulo e está sempre engajado em projetos do tipo, também e um empresário com a marca de roupas iceblue!

Fonte:
http://soulblackaricaturas.blogspot.com/

5º Congresso de Reabilitação Profissional.



Nos dias 24 e 25 de maio de 2011, será realizado em São Paulo, no Expo Center Norte, o 5º Congresso Reabilitação Profissional, simultaneamente com a Feira Hospitalar, considerada a 2ª maior feira de saúde no mundo.

Especialistas internacionais e nacionais das áreas de RH, governo e iniciativa privada, em suas palestras, vão atualizar questões relacionadas a afastamentos do trabalho, reabilitação e acessibilidade.



O 5º. Congresso também contará com a apresentação dos trabalhos vencedores do 2º. Prêmio de Reabilitação Profissional.

Coordenado pelo Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial (CBSSI), com apoio da Fundacentro, os tema s reabilitação e acessibilidade têm sido amplamente difundidos, por meio de treinamentos, grupos de discussão e grande acervo técnico no portal do projeto.

Esta vaga não é sua nem por um minuto from Bruno Siqueira (malha) on Vimeo.



Todas as informações referentes ao evento podem ser obtidas em :

www.proreabilitação.com.br

Email: Rafaela@cbssi.com.br

Local : Expo Center Norte – São Paulo

Data: 24 e 25 de Maio de 2011


Fonte:
http://www.proreabilitacao.com.br/

quarta-feira, maio 04, 2011

Palestra: “Orçamento Público e Políticas Sociais”


Destinado à membros, Servidores e Estagiários do Ministério Público de São Paulo, Magistrados, Advogados, entidades parceiras, ONGs, e lideranças comunitárias.

Coordenação Geral

Mário Luiz Sarrubbo
Diretor do CEAF-ESMP

Jorge Luiz Ussier
Coordenador Geral do CAO Cível e de Tutela Coletiva

Eduardo Dias de Souza Ferreira
Coordenador de Área do CAO Cível e de Tutela Coletiva – Área de Direitos Humanos

Fernanda Dolce
Assessora da Promotoria de Justiça Comunitária
Apoio
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO – APMP

Será conferido certificado aos que comparecerem ao evento.

Serviço:

Data: 06 de maio de 2011 (sexta-feira)

Local: Auditório Queiroz Filho (prédio sede do Ministério Público de São Paulo)
Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 35
São Paulo - SP

Horário: das 09h30 às 12h30

I. PROGRAMAÇÃO:

09h30-09h40 – Início dos Trabalhos :

MÁRIO LUIZ SARRUBBO
Promotor de Justiça
Diretor do CEAF-ESMP

JORGE LUIZ USSIER
Procurador de Justiça
Coordenador-Geral do CAO Cível


09h40/10h40 – Expositor:

DR. ODILON GUEDES PINTO JÚNIOR
Mestre em Economia Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC
Professor da Faculdade Oswaldo Cruz
Membro Efetivo do Conselho Regional de Economia de São Paulo – Biênio 2011/2013


10h40/11h10 – Debatedor:

MÁRCIO FERNANDO ELIAS ROSA
Subprocurador-Geral de Justiça - Gestão


11h10/12h10 – Perguntas da Plateia e Debates


Incrições e Informações
Inscrições gratuitas de 25.04 a 04.05.2011, pelo preenchimento de formulário on-line, disponível no sítio da ESMP, www.esmp.sp.gov.br.

Vagas limitadas.

fontes:
http://www.esmp.sp.gov.br/2010/Eventos_Orcamento_Publico_MPSP.html
http://blog.esmp.sp.gov.br/